Você já sentiu insegurança ao falar inglês por causa do seu sotaque?
67% dos profissionais não se sentem aptos a liderar reuniões no idioma. Deixe essa preocupação para trás.

m mal-entendido comum que vejo acontecer com frequência é a suposição de que, quando um bilíngue fala inglês com sotaque, talvez ele não seja tão fluente assim.
Essa é uma interpretação equivocada do que significa ser fluente. A ideia de que existe apenas uma forma correta de falar inglês é um mito que pode ser prejudicial para a curva de aprendizado.
Mesmo dentro de um único país há diversidade linguística. No Brasil, por exemplo, encontramos sotaques regionais tão distintos quanto o paulista, o carioca, o mineiro e o cearense, cada um com suas particularidades. Isso não significa que alguém esteja falando errado o português. A mesma lógica se aplica ao inglês! Sejam britânicos, texanos, cingapurianos, jamaicanos ou irlandeses, todos são nativos da língua inglesa e possuem suas formas únicas de falar.
Quando falamos em sotaque ao usar um segundo idioma, é fundamental lembrar que ele carrega sua bagagem cultural — e é, na verdade, uma prova de que você domina mais de uma língua.
Em 2003, o linguista David Crystal estimou que, para cada falante nativo de inglês, havia cerca de três falantes não nativos. Anos depois, em 2008, essa proporção foi atualizada por outros estudiosos como Tonje M. Caine, chegando a quatro para um. Ou seja, ao falar inglês com sotaque, você não apenas faz parte da maioria, como também contribui para a riqueza e diversidade da comunicação global.
Preocupação limita o uso da língua
Apesar disso, muitas pessoas sentem insegurança ao se comunicar em inglês, especialmente no ambiente profissional. Uma pesquisa realizada pela Pearson em parceria com a Opinion Box, que entrevistou 7 mil pessoas em cinco países da América Latina, mostrou que essa insegurança é mais comum do que se imagina.
O estudo revelou que 67% dos participantes não se sentem aptos a liderar reuniões em inglês, 63% hesitam em apresentar projetos no idioma e 61% evitariam conduzir entrevistas de emprego. Esses números evidenciam como o medo de errar ou de soar diferente pode ser um grande obstáculo para a comunicação.
No Brasil, por exemplo, encontramos sotaques regionais tão distintos quanto o paulista, o carioca, o mineiro e o cearense, cada um com suas particularidades. Isso não significa que alguém esteja falando errado o português. A mesma lógica se aplica ao inglês!
No ambiente de trabalho e na vida, você encontrará diferentes formas de falar inglês. Mais do que tentar imitar um sotaque específico, o essencial é ser compreendido e estar aberto a diversas maneiras de se comunicar. Isso facilita o aprendizado e alivia a pressão de buscar a perfeição.
A realidade é que o inglês é uma língua internacional. Para dominar o idioma, é fundamental aceitar essa diversidade e entender que a fluência vai muito além de soar como um nativo ou alguém de uma determinada região. Fluência é ser claro e eficiente na comunicação.
Ou seja, seu inglês deve ser global, permitindo que você se conecte com diferentes culturas e se insira no cenário profissional internacional. Por isso, seja você mesmo e valorize seu sotaque como parte da sua história e identidade. Falar como um bilíngue é saber se adaptar, respeitar as diferentes formas de comunicação e aproveitar a oportunidade de se conectar com o mundo!