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Armando Lourenzo

Doutor e Mestre em Administração pela FEA-USP. Pós-graduado em Filosofia pela PUC. Diretor da EY University. Presidente do Instituto EY. Professor da FIA, USP (PECEGE) e Casa do Saber.
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Adaptabilidade e aprendizado ágil: competências do líder do futuro ou de hoje?

Novas tecnologias, áreas de conhecimento e até as relações de trabalho devem mudar. É preciso estar preparado.

Por Armando Lourenzo
15 mar 2022, 14h39

O mundo sempre sofreu muitas mudanças. A diferença de outrora para as mudanças que ocorrem na atualidade é a velocidade com que elas acontecem. Por isso, mais importante do que descobrir qual será o futuro é estar preparado para qualquer cenário. Desenvolver essas duas competências, adaptabilidade e aprendizado ágil, será muito importante para esse preparo.

É muito comum escutarmos que pessoas mais maduras são mais resistentes às mudanças que as jovens. Será mesmo? Vejo diariamente profissionais experientes que adotam novas tecnologias com muita facilidade e jovens com alta resistência à inovação, e vice-versa. A questão não é necessariamente a idade que temos.

Sou professor universitário e sei que há jovens bastante inflexíveis. Se precisamos mudar de sala, eles reclamam. Sempre se sentam nos mesmos lugares – e fazem isso durante a graduação inteira. 

Essa resistência é mais comum do que pensamos. E, todos os dias, sem perceber, relutamos bravamente em relação a mudanças, mesmo que pequenas. 

Sim, é preciso mudar, pois o presente é alterado o tempo todo. Assim, a competência da adaptabilidade é essencial, pois seja como for o futuro, é preciso estar atualizado, em sintonia com o mundo e pronto para mudar com ele. 

A adaptabilidade é mais importante que exercícios de futurologia, mas é importante notar que as grandes visões empresariais ainda serão pontos de inflexão entre o sucesso e o fracasso de algumas organizações.

Quando falamos em tecnologia, lembramos de Analytics, Inteligência Artificial, Robotic Process Automation e Blockchain, por exemplo. Não adianta achar que você está seguro por dominar determinado conhecimento, pois ele pode ficar obsoleto em pouco tempo.

O exemplo acima é da área de tecnologia, mas pode valer para várias áreas de conhecimento na sociedade empresarial.

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Temos novas formas de contratação, desde o contrato de trabalho intermitente até mesmo as startups, que são uma nova forma de aquisição de competências (gig economy). Como desenvolver essas pessoas que ficarão por curtos períodos dentro das empresas? Como faremos com que elas acreditem na cultura das nossas organizações? Como iremos definir a remuneração por tais trabalhos?

Das novas tecnologias, passando pelas novas áreas de conhecimento, até as formas de contratação e das relações de trabalho, tudo deve mudar. E será preciso aprender rapidamente a lidar com estas novas situações. Deste modo, outra competência também muito importante é a da aprendizagem ágil.

A liderança do futuro dependerá muito dessas duas competências – a adaptabilidade e a aprendizagem ágil.  

Teremos líderes nas empresas do futuro atuando da forma como se atua nas empresas de hoje? Teremos líderes nas empresas do futuro?

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