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Salários e carreiras quentes: quais as expectativas para o setor de tecnologia em 2026?

É impossível escapar da inteligência artificial, principalmente se você é profissional da tecnologia. Como a IA está mudando as competências e habilidades necessárias para ser um destaque no setor?

Por Leo Caparroz
Atualizado em 19 nov 2025, 18h38 - Publicado em 17 nov 2025, 17h00
Tela de computador exibindo códigos de programação.
 (Mohammad Rahmani/Unsplash)
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Não tem jeito, se a famigerada inteligência artificial é quem promove algumas das maiores alterações na dinâmica de trabalho, no setor de tecnologia não tinha como ser diferente.

Se os principais motores de revolução dos últimos tempos vêm do universo da tecnologia, como será que os profissionais desse setor estão lidando com eles?

A verdade é que, hoje, a demanda por IA é um caminho sem volta. Até que o mercado encontre novas tecnologias, a inteligência artificial vai ser tudo que esse setor vai ouvir pelos próximos anos.

Então, para permanecer bem atualizado dentro do mercado, um profissional de tecnologia precisa conhecer de IA – não tem escapatória. Algumas das melhores oportunidades dentro da área estão atreladas à inteligência artificial, claro. 

Contudo, outros mercados também contam com boas chances de crescimento e vagas interessantes, então é bom manter a mente e os olhos abertos a outros mercados.

Com a digitalização avançando, esses profissionais também precisam se adaptar. Por serem da tecnologia, eles têm que estar muito mais atualizados, inclusive, do que uma pessoa que não é do setor.

Esses são alguns dos insights do Guia Salarial da Robert Half, divulgado com exclusividade pela Você S/A (e disponível na íntegra no final dessa matéria). 

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Presente, professor

Uma indústria fora do óbvio que está com uma alta demanda de vagas é a área de educação. Nos últimos anos, começou uma mudança bem forte dentro da educação, que foi acelerada pela pandemia. A educação a distância (EaD) virou uma das principais formas de acesso ao ensino superior no Brasil – em 2024, 50,7% do total de matrículas de graduação no país foram em cursos de EaD.

Essas novas tecnologias não só ampliam a oferta e atendem estudantes que, de outra forma, não teriam acesso à educação superior; mas também acabam gerando uma grande oferta de vagas para profissionais especializados para fazer todo esse sistema funcionar.

“Um ensino à distância é 100% tecnologia. Ele precisa de uma tecnologia de ponta e a empresa precisa de toda a infraestrutura para que tudo isso funcione e que a empresa consiga entregar um serviço de excelência para o aluno”, afirma Elisa Jardim, gerente de recrutamento da Robert Half.

Isso inclui a necessidade de uma arquitetura robusta e altamente escalável para suportar o volume de pessoas conectadas em aulas ao vivo, envio automático de materiais, estabilidade de rede, networking e firewall forte. Para colocar tudo isso em prática, é necessária mão de obra qualificada em arquitetura, desenvolvimento e segurança.

Outros mercados

O Guia Salarial também dá destaque para a demanda por tecnologia no mercado financeiro. Desde 2020, o número de fintechs no Brasil cresceu 77%. A previsão é de que, até 2030, sejam 3 mil fintechs operando por aqui. Se o Brasil já concentra quase 60% das startups financeiras da América Latina, a previsão é de que esse mercado altamente tecnológico continue aumentando – e que a demanda por bons profissionais também cresça.

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Uma terceira área que come pelas beiradas no setor de tecnologia é a cibersegurança. Por ser um assunto muito novo e complexo, existe pouca mão de obra qualificada no mercado e uma alta demanda de vagas.

“Essa área de cibersegurança depende de pessoas que estudam muito, porque cada dia os ‘profissionais do crime’ acham uma maneira nova de conseguir hackear, acham uma vulnerabilidade nova no ambiente”, afirma Viviane Sampaio, especialista de recrutamento na Robert Half.

Segundo Sampaio, a demanda por profissionais nessa área é muito maior do que o volume de pessoas capacitadas. A área de cibersegurança é bem delicada no mercado. Mão de obra qualificada é um desafio, porque demanda muita capacitação e dedicação para estudar e se manter atualizado.

A tal da inteligência artificial (e a inteligência emocional)

É impossível falar do mercado de tecnologia sem mencionar os impactos da IA no setor. A tal da inteligência artificial está impactando os papéis e as habilidades exigidas dos profissionais de tecnologia de várias maneiras.

Para Sampaio, a postura dos profissionais que lidam com IA hoje é de se aprimorar na ferramenta e entender como usá-la para melhorar o dia a dia de trabalho. Implementar IA na rotina não é sobre substituir trabalho, mas sim sobre como “aproveitar a ferramenta para aprimorar o que já fazem”.

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Uma coisa é certa, um profissional de tecnologia não pode ser apenas um funcionário de execução. A IA mudou o foco para esses profissionais e, hoje, eles precisam adotar um perfil comportamental mais estratégico e menos operacional.

“Quem não se adaptar, vai ficar para trás. O mercado vai engolir”, alerta Jardim. “E o que a gente está querendo dizer com adaptação? Não é só estar atualizado com novas tecnologias de mercado. É muito sobre mudança em soft skills.”

Hoje, a máquina consegue fazer algumas das partes mais operacionais. Por causa disso, para serem profissionais úteis e relevantes para a empresa, a galera da tecnologia precisa estar cada vez mais envolvida e inserida, de fato, no negócio.

“Mesmo em atividades um pouco mais operacionais, o profissional precisa ser capaz de agregar valor ao processo. Seja na forma como ele se comunica, seja com a criatividade, seja com proatividade, seja com inteligência emocional, seja com percepções que a máquina não é capaz de captar”, afirma Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half para a América do Sul.

A figura do programador que fica só atrás do computador teclando seus códigos já é coisa do passado, “isso não acontece mais nas empresas que estão se desenvolvendo e adotando a transformação digital”, relata Jardim. Quando a qualificação técnica já é encontrada em abundância no mercado, é no comportamental que as empresas vão procurar o diferencial.

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Soft skills como comunicação, persuasão e negociação, se tornam destaques importantes. Profissionais da TI precisam, por exemplo, traduzir suas funções para pessoas leigas e lidar com diferentes áreas da empresa. A inteligência emocional também é crucial, especialmente ao trabalhar em projetos que podem mudar de rumo.

“A inteligência artificial auxilia, ela é um complemento ao trabalho humano. Uma coisa não substitui a outra. Então, não é só um perfil técnico que a IA vem mudando, mas ela vem mexendo muito na parte comportamental desses profissionais também”, defende Jardim.

Vagas em IA

Tudo isso para dizer que, sim, inteligência artificial é uma área com boas oportunidades de vaga. Atualmente, há um grande alvoroço em torno da IA e da engenharia e análise de dados, o que indica uma alta demanda por profissionais nessa área.

A IA é considerada um campo muito novo, com o conhecimento atual sendo discutido há apenas cerca de três anos. Isso significa que há poucos especialistas sêniores no mercado. Profissionais que começaram a trabalhar com IA há três anos, muitas vezes migrando de áreas como desenvolvimento Python ou dados, já são considerados especialistas hoje.

A escassez de profissionais qualificados em IA resulta em salários altos, pois as empresas precisam reter esses talentos e atrair novos, muitas vezes oferecendo um fôlego financeiro significativo para tirá-los da concorrência.

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“Acaba rolando uma guerra no mercado em cima desses profissionais e os salários vão sendo alavancados. É muito por essa questão de retenção também”, afirma Jardim.

Para quem deseja entrar na área de IA, é recomendado aprofundar-se em conhecimentos básicos de linguagem de programação Python, análise de dados, ferramentas de machine learning e big data.

CONFIRA OS PRINCIPAIS DADOS

Indústrias que mais contratam

  • Educação
  • Indústria em geral
  • Mercado Financeiro
  • Óleo e Gás
  • Startups em geral

Áreas funcionais com mais demanda de contratação

  • Segurança da Informação
  • Redes
  • Infraestrutura
  • Desenvolvimento de Software e Aplicações

Cargos mais demandados

  • Analista de Segurança da Informação
  • Analista de Sistemas
  • Arquiteto(a) de Software
  • Desenvolvedor(a)
  • Gerente de Produto

Habilidades técnicas mais demandadas – e difíceis de encontrar

  • Cloud
  • Data Science e Gerenciamento de Banco de Dados
  • Administração de Redes
  • Desenvolvimento de Software e Aplicações

Competências que garantem salários acima da média

  • Segurança da Informação e Gestão de Riscos de TI
  • Desenvolvimento de Software e Aplicações
  • Inteligência de Mercado de Relatórios
  • Cloud

Habilidades que os profissionais buscam desenvolver ou aprimorar

  • Desenvolvimento de Software com IA
  • Plataformas de Nuvem
  • Desenvolvimento em IA Generativa
  • Linguagem de Programação

Como ler a tabela

Dividiu-se o salário de cada cargo em três percentis:

  • 25°: pessoa nova na função, com pouca ou nenhuma experiência; necessita de mais instruções ou supervisão para realizar as tarefas diárias.
  • 50°: tem experiência para assumir responsabilidades de forma consistente, sem supervisão direta; familiarizada com processos e assuntos da função;
  • 75°: possui qualificações diferenciadas, além de especializações e certificações; pessoa pronta para avançar na carreira.

O salário dos cargos listados neste guia não incluem bônus, benefícios e outras formas de remuneração.

Tabela
(Arte/Você S/A)
Tabela
(Arte/Você S/A)

Veja o Guia Salarial da Robert Half em outros setores:

  • Engenharia
  • Mercado Jurídico
  • Mercado Financeiro
  • Vendas e marketing
  • Seguros
  • Contábil e financeiro
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