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Ranking global coloca brasileiros entre os profissionais menos confiantes

Mercado de trabalho está favorável? Confiança do brasileiro está em queda, segundo pesquisa feita pela Michael Page

Por Camila Pati
Atualizado em 19 dez 2019, 16h08 - Publicado em 11 jun 2019, 06h00

São Paulo – Profissionais brasileiros estão entre os que menos confiam no mercado de trabalho, na possibilidade de ganhar aumento salarial ou em conseguir emprego em menos de três meses, quando comparados com colegas de outras partes do mundo.

É o que revela o Índice de Confiança Profissional, divulgado pela Michael Page e que mede a percepção de candidatos a oportunidades profissionais, em 37 países diferentes. Para esta edição, participaram do levantamento, 13,4 mil pessoas.

Apesar de o IBGE informar que a taxa de desemprego do trimestre até abril caiu levemente de 12,7% para 12,5% em relação ao trimestre anterior, o cenário de 13,1 milhões de brasileiros desempregados segue pesado. Mais de 4,8 milhões de brasileiros desistiram de procurar emprego, número recorde.

Mas, ainda que estejam na 27º posição do ranking de otimismo, 6 a cada 10 brasileiros a confiam no mercado de trabalho atual. “A expectativa é positiva, dado que o patamar é baixo”, diz Ricardo Basaglia, diretor da Michael Page. Com números tão desanimadores como base de comparação, não é necessário um grande salto na economia para que haja melhora no cenário.

Confira onde estão os profissionais mais e menos otimistas em relação ao mercado de trabalho:

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País % de profissionais que consideram o mercado de trabalho favorável
Estados Unidos 79%
Canadá 79%
Indonésia 78%
Tailândia 77%
Índia 77%
Peru 76%
Emirados Árabes 76%
Taiwan 75%
México 74%
Nova Zelândia 73%
Catar 73%
Arábia Saudita 73%
Colômbia 72%
China 70%
Alemanha 68%
Malásia 67%
Chile 67%
Inglaterra 66%
Média global 66%
Austrália 65%
Polônia 64%
Hong Kong 64%
Suécia 63%
Marrocos 63%
África do Sul 63%
Áustria 62%
Singapura 61%
Brasil 61%
Suíça 58%
Holanda 58%
Portugal 56%
Bélgica 56%
Japão 55%
Argentina 55%
Espanha 51%
Turquia 50%
França 50%
Itália 44%

Em relação a encontrar emprego em menos de três meses, os brasileiros ficaram na 29ª posição: 59% estavam confiantes de que estariam empregados dentro desse período.

O tempo médio de recolocação tem sido bastante superior a três meses, diz o diretor da Michael Page. Têm mais chances de conquistar emprego, profissionais que conseguem demonstrar como podem melhorar os resultados. “As novas contratações que estão acontecendo estão vinculadas ao aumento de resultado”, diz Basaglia.

O executivo explica que da mesma maneira que consumidores evitam vendedores que se limitam a mostrar o portfólio de produtos, as empresas não valorizam candidatos que apenas descrevem atividades. “A gente gosta de vendedores que entendem a necessidade do cliente e oferecem a solução”, diz. A analogia serve para candidatos a vagas de emprego. Quem conseguir demostrar como resolver os problemas da empresa e alavancar resultados sai na frente.

Confira em que países os profissionais acreditam mais ou menos que estarão empregados em menos de três meses:

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País % de profissionais que  acreditam que vão encontrar emprego em  menos de 3 meses
Catar 86%
Emirados Árabes 85%
México 82%
Canadá 82%
Estados Unidos 81%
Inglaterra 80%
Índia 80%
Taiwan 78%
Peru 78%
Nova Zelândia 76%
Tailândia 74%
Marrocos 74%
Japão 73%
Indonésia 73%
Colômbia 73%
Austrália 73%
Arábia Saudita 73%
Hong Kong 70%
África do Sul 70%
China 69%
Chile 68%
Argentina 68%
Malásia 64%
Média Global 64%
França 64%
Singapura 63%
Suécia 61%
Polônia 61%
Espanha 61%
Brasil 59%
Turquia 58%
Portugal 57%
Bélgica 54%
Holanda 53%
Alemanha 51%
Suíça 50%
Áustria 49%
Itália 37%

 

Outro tema em que brasileiros demonstraram menos confiança foi relacionado ao aumento salarial neste ano. O Brasil ficou na 21º posição, com 59% de respostas positivas nesse sentido, e abaixo da média global, com 61%. No mesmo trimestre de 2018 os resultados foram mais animadores com esse assunto.

Os executivos do Brasil que acreditavam em um acréscimo em sua remuneração representavam 63% ante 61% da média global.  Segundo Ricardo Basaglia, antes de pedir aumento de salário, o profissional deve refletir se suas entregas estão acima da média e verificar se a sua remuneração está defasada em relação aos pares na mesma função, dentro e fora da empresa.

 

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