Profissionais com habilidades verdes têm 59% mais chances de contratação
Relatório do LinkedIn indica aumento da empregabilidade de trabalhadores com competências ligadas à sustentabilidade, especialmente no setor de Tecnologia.
Você já ouviu falar em habilidades verdes? Segundo definição da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o termo diz respeito às competências que são necessárias aos trabalhadores para adaptar produtos, serviços e processos às transformações decorrentes das mudanças climáticas.
Essas competências são o cerne dos chamados trabalhos verdes, ou seja, aqueles cujo principal pilar é a sustentabilidade. É o caso do trabalho dos engenheiros florestais, por exemplo. Mas as habilidades verdes também podem estar presentes em profissionais de áreas que não estão diretamente ligadas às questões ambientais. E um novo relatório do LinkedIn indica que tais habilidades podem ser um diferencial na hora da contratação.
De acordo com dados do LinkedIn Green Skills Report 2025, a proporção de contratações de profissionais com competências verdes aumentou entre os anos de 2021 e 2025 nos 47 países analisados pelo levantamento. Durante o período, o setor em que a empregabilidade mais aumentou foi o de Tecnologia, Informação e Mídia (11,3%), seguido dos setores de Varejo (8,3%) e do de Transportes e Logística (8%). E, pela primeira vez, 53% das admissões ocorreram em cargos que não são estritamente sustentáveis.
Uma possível explicação para esse fenômeno, diz o estudo, é que as empresas têm reconhecido cada vez mais que adotar uma visão verde em múltiplas áreas gera eficiência, crescimento e resiliência. E também que esses profissionais agregam adaptabilidade, algo essencial em um mercado de trabalho cada vez mais mutável.
Via de mão dupla
As habilidades verdes também favorecem a força de trabalho. Ainda segundo o LinkedIn, os profissionais que possuem essas competências possuem, em geral, uma taxa de contratação 46,6% maior do que a dos demais trabalhadores. Especificamente no Brasil, essa vantagem é de 59,17%.
Aqui, as indústrias que atualmente mais empregam talentos verdes são a de construção (29,47%) agricultura, pecuária, produção florestal e pesca (26,52%), e petróleo, gás natural e mineração (23,77%). E as habilidades que mais crescem são mitigação de riscos, eficiência operacional, gestão integrada da cadeia de suprimentos, estratégia de sustentabilidade e impactos das mudanças climáticas.
Contudo, a demanda e a oferta de talentos não estão no mesmo ritmo no país: entre 2021 e 2025, a taxa de contratações cresceu de 12,1% para 18,1%, mas a proporção de trabalhadores com as ditas habilidades passou de 12,3% para 15,3%.
Os dados espelham um padrão observado em outros países: globalmente, o aumento da admissão é quase duas vezes maior que o aumento de trabalhadores capacitados (7,7% contra 4,3%). Possivelmente porque mesmo que 43% dos profissionais idealizem um trabalho que contribua para a transição energética – como revela outra pesquisa do LinkedIn –, muitos não sabem ao certo o que são funções ou habilidades verdes e tampouco como desenvolvê-las.
Por isso, o relatório recomenda que os trabalhadores identifiquem e aprimorem competências que complementam suas capacidades. Já para as empresas, o documento sugere a implementação de planos de capacitação da força de trabalho, além de contratações que priorizem habilidades, em vez de títulos ou diplomas, para ampliar o leque de talentos.
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