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O que você come influencia sua produtividade

Os alimentos que podem interferir no seu humor e até no seu desempenho profissional

Por Bárbara Nór
Atualizado em 11 set 2020, 12h23 - Publicado em 22 fev 2018, 17h00

Quem tem hábitos alimentares ruins é 66% mais propenso a apresentar queda de produtividade em comparação com aqueles que seguem uma dieta saudável. É o que indica um estudo da Universidade de Brigham Young, nos Estados Unidos, com 20 mil trabalhadores.

Deixar de comer frutas e vegetais regularmente tem potencial para derrubar o desempenho em 93%, segundo a pesquisa. “A alimentação pode tanto ajudar como prejudicar a produtividade, cognição, memória, fadiga e o estresse”, diz a nutricionista Fernanda Paulucci, de São Paulo.

Um dos erros mais comuns de quem quer ter energia para encarar os compromissos profissionais é aumentar a quantidade do que coloca no prato. “Uma refeição pesada tira o ânimo e provoca sonolência”, afirma a nutricionista Carol Faria, de São Paulo.

As melhores escolhas são alimentos de fácil digestão, mas com liberação constante de energia. Isso evita os picos glicêmicos, que ocorrem quando uma grande quantidade de glicose, substância gerada a partir dos carboidratos, é liberada de uma vez só. “Carboidratos de alto índice glicêmico, como farináceos, podem dar mais sono, aumentar a ansiedade e prejudicar o foco”, diz Fernanda.

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Acontece que a principal fonte de energia de nosso cérebro é a glicose. A questão é saber selecionar de onde ela vem, optando por cereais integrais, frutas e legumes. “Alimentos ricos em ômega 3 também ajudam a acelerar as respostas cerebrais”, afirma Carol. Exemplos são o salmão e as sementes, como a linhaça. Se houver dúvida, o critério principal deve ser o equilíbrio. Um doce ou pão incluídos em um menu saudável não vão estragar o dia de ninguém.

 AS MELHORES ESCOLHAS

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 No café da manhã

Prefira alimentos que despertem o corpo. “Opções proteicas, como o ovo, podem ajudar a começar o dia com mais disposição”, diz a nutricionista Carla Anahí, de São Paulo. Se você não tem o hábito de comer pela manhã, é importante, pelo menos, ingerir líquidos. “Consuma uma boa fonte de fitoquímicos, como um chá ou suco verde, em jejum”, orienta Fernanda Paulucci. “Isso estimula nossas enzimas antioxidantes e aumenta a produção de energia.”

No almoço

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Uma refeição saudável inclui proteína, carboidratos, gorduras boas e vitaminas, diz Carol Faria. “Os melhores carboidratos para esse momento são os tubérculos”, diz Fernanda. “Eles ajudam a nossa microbiota e, consequentemente, favorecem a produção de serotonina”. A serotonina, um neurotransmissor, regula fatores como sono, humor e apetite.

À tarde

Se tiver vontade de comer um doce, o chocolate 70% cacau é uma alternativa. “A alta concentração de cacau auxilia a ter mais foco, melhora o humor, a atenção e a disposição”, afirma Fernanda. Oleaginosas, como amêndoas e nozes, também são boas escolhas por serem fontes de vitaminas, minerais e gorduras saudáveis.

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No jantar

Com o corpo se preparando para o sono, o ideal é um cardápio leve. “Pode-se optar por um lanche com um pão integral e uma fruta”, sugere Carla.

VILÕES DA PRODUTIVIDADE

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Farinha refinada e açúcar: “Toda vez que priorizamos carboidratos de alto índice glicêmico, nosso rendimento mental declina”, diz Fernanda Paulucci.

Gorduras em excesso: “Muita gordura numa mesma refeição, principalmente gorduras saturadas, deixa a digestão lenta e favorece a letargia”, afirma Carol Faria.

Bebidas cafeinadas em excesso: Embora o café, na medida acerta, ajude na produtividade, passar da conta pode trazer problemas. “Grandes quantidades da bebida levam ao aumento do estresse e da ansiedade, prejudicando o rendimento no trabalho”, diz Carla Anahí.

Molhos e temperos prontos: Além de doses altas de sal, esses molhos costumam ter glutamato monossódico. “O excesso dessa substância tem potencial neurotóxico, principalmente em pessoas com grau de estresse elevado, piorando o desempenho mental”, afirma Carol.

Fontes: Carla Anahí, Carol Faria e Fernanda Paulucci


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