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É melhor ter no currículo um exame de nível ou teste multinível de inglês?

Confira as diferenças entre as provas de inglês e os critérios para os exames de Cambridge

Por Alberto Costa, Senior Assessment Manager da Cambridge English
Atualizado em 1 jul 2020, 12h58 - Publicado em 1 jul 2020, 12h55

Não é de hoje que batemos na mesma tecla por aqui: o inglês já deixou de ser um diferencial no currículo para se tornar obrigatório e decisivo enquanto critério na hora de uma contratação. Além disso, possuir o idioma pode abrir inúmeras portas não só na carreira profissional, como também na acadêmica. Apesar do momento que estamos vivendo não ser o cenário mais favorável, futuramente, para quem pensa em estudar fora do Brasil, esse é um item que precisa sem dúvidas estar no planejamento.

Mas, como “falar inglês” é muito vago, não é de hoje que algumas organizações exigem a comprovação da fluência na língua  por meio de um exame internacional de proficiência. O ponto é que, por vezes, a etapa da certificação pode gerar dúvidas e inseguranças por ser um tema possivelmente inédito para a maioria dos brasileiros.

É normal que o candidato não conheça grande parte dos processos, além de realmente não estar habituado com os critérios de avaliação do exame para o qual ele está aplicando. Mas, esse estranhamento inicial pode ser amenizado com conhecimento. Para isso, o primeiro passo é definir qual é o exame que melhor apoia os objetivos e necessidades pessoais de cada um.

A partir disso é preciso entender qual é o formato da prova, quais habilidades são testadas, quais são os critérios levados em consideração para alcançar o resultado pretendido. Esse tipo de informação pode ser encontrado com facilidade no portal dos próprios centros aplicadores de exames.

De início, é importante atentar-se sobre a existência de diferentes tipos de provas e a forma de correção de cada uma. Esses são detalhes que nem sempre ficam muito explícitos durante uma pesquisa rápida, mas são fáceis de esclarecer. Veja, para facilitar o entendimento, vamos usar o portfólio de Cambridge Assessment English como exemplo. Abaixo falaremos sobre a diferença dos testes construídos a partir do princípio de multinível e dos exames desenvolvidos com base no domínio de níveis.

Exames level-based

São aqueles construídos com base no domínio de um nível específico e que conferem certificados sem validade especificada pelo emissor. Sua elaboração leva em conta o processo do aprendizado e do estudo como um todo e a lógica que guia o resultado é que apenas quem absorveu o conhecimento de maneira sólida conseguirá atingi-lo. A partir disso, entende-se que dificilmente esse domínio será perdido. Nesse formato, as provas sempre avaliam as quatro habilidades fundamentais de forma orientada e consideram para o sucesso o cumprimento das tarefas pedidas.

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São elas speaking (produção oral), listening (compreensão auditiva), reading (leitura) e writing (escrita). As partes voltadas ao listening e ao reading tendem a apresentar questões mais objetivas em formato de múltipla escolha e de preencher lacunas. No writing é avaliada a coerência e a coesão do texto. O examinador checa se o candidato sabe usar referências e se as frases escritas fazem sentido. E isso vai muito além de apenas ter a gramática correta. Já para o speaking os critérios são pronúncia e coerência. O resultado disso tudo é um certificado internacional isento e de muito prestígio, aceito pela maioria das universidades fora do país.

Testes multinível

Eles como provas de diagnóstico. Independente de como o candidato tenha se preparado, eles medem o desempenho de cada pessoa dentro de uma escala. Ou seja, seu resultado é mutável e, por isso, geralmente o relatório emitido a partir da experiência possui prazo específico de validade, assim como cada instituição determina o intervalo de nota que será aceito. Além disso, nem sempre eles avaliam as quatro habilidades. Há casos em que é possível escolher qual delas você quer testar individualmente. Outra particularidade é que a avaliação oral é realizada de forma individual, uma vez que não tem como prever se todos os alunos possuem o mesmo nível de inglês para conversarem entre si.

Saber essas informações para usá-las a favor do sucesso representa um diferencial no momento da escolha, no período preparatório e no cuidado para os estudos. Antes de tomar qualquer decisão, leve em conta todos os pontos citados acima: a necessidade de se ambientar ao tipo de prova, os critérios de correção e os pontos que serão cobrados na avaliação.

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*Alberto Costa é Senior Assessment Manager de Cambridge Assessment English, departamento da Universidade de Cambridge especializado em certificação internacional de língua inglesa e preparo de professores.

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