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Cuidado essencial: descubra o que faz um gerontólogo

O aumento da população idosa no Brasil exige a presença do gerontólogo, profissional que se dedica a melhorar a qualidade de vida dos mais velhos

Por Juliana Américo
Atualizado em 16 set 2020, 08h00 - Publicado em 16 set 2020, 08h00

O Brasil ultrapassa em 28 milhões a população com 60 anos ou mais. E, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse número deve aumentar nas próximas décadas. Em 2043, um quarto dos brasileiros deverá ter mais de 60 anos e, até 2060, a quantidade de pessoas com 80 anos ou mais deve somar 19 milhões.

O alto índice de envelhecimento alavancou a procura pelos gerontólogos. Diferentemente da geriatria, que trabalha com a prevenção e o tratamento de doenças, a gerontologia estuda o processo de envelhecimento, buscando melhorar a qualidade de vida dos idosos

“Essa é uma profissão que não envolve apenas a área da saúde. O gerontólogo precisa estar atento às necessidades físicas, emocionais e sociais durante o envelhecimento. Ou seja, envolve políticas públicas, além de questões econômicas e culturais”, afirma Vania Herédia, presidente do Departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

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A carreira ainda está ganhando espaço no mercado brasileiro e, por isso, a sua importância não é reconhecida. “Em países da Europa, como a Alemanha, já é algo institucionalizado e comum, enquanto aqui ainda não é tão aceita.” 

Por causa da abrangência, os profissionais da gerontologia têm diferentes formações — apesar de existirem  graduações, qualquer interessado em envelhecimento pode fazer uma especialização.

Segundo Ana Cristina Procópio, coordenadora do curso de gerontologia do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, é possível encontrar desde advogados e arquitetos até enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas. “É uma formação multidisciplinar, então exige habilidades como trabalhar bem em equipe, se comunicar e estabelecer relações interpessoais, porque o profissional vai precisar conversar com outras áreas”, explica. 

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Quando a campinense Isabela Azevedo Rodrigues, de 25 anos, foi escolher a profissão, ela não teve muitas dúvidas. “Ninguém nasce falando que quer ser gerontólogo, mas quando eu era criança sempre preferi ficar no meio dos idosos nas festas de família. Na época de prestar vestibular, eu estava pensando em fazer fisioterapia quando o meu pai me falou do curso de gerontologia.

Prestei para a Universidade Federal de São Carlos (UFScar), passei e me apaixonei”, afirma. A gerontóloga, que está concluindo um MBA em gestão e administração hospitalar, trabalha há um ano no Residencial Sênior Terça da Serra e a atividade de que mais gosta é a de gerenciamento. “Avaliamos as condições biológicas, psicológicas e sociais do idoso e definimos estratégias, ações de saúde, atividades e a linha de cuidados.”

(Arte/VOCÊ S/A)

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