Tim adota home office eterno

Call center seguirá de casa em definitivo. Outras áreas terão um modelo híbrido, com reuniões presenciais. Conheça outras práticas de RH da empresa.

Por Monique Lima
Atualizado em 30 nov 2020, 12h22 - Publicado em 30 nov 2020, 12h00
 (Divulgação/VOCÊ S/A)
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Em 1994, quando celulares ainda eram como Rolexes, coisa para poucos, um grupo de companhias de telecomunicações da Itália resolveu se juntar e formar uma empresa única, a Telecom Italia, maior representante do segmento no país até hoje. E a nova empresa seguiu crescendo. Criou filiais internacionais na Argentina (Telecom Argentina), na Bolívia (Entel), em Cuba (ETECSA) e aqui no Brasil. Você a conhece pelo nome de TIM, sigla para Telecom Italia Mobile.

A TIM aportou no Brasil em 1998, em meio ao movimento de privatização da telefonia. Os celulares já chegavam às bolsas e bolsos da classe média (se bem que poucos aparelhos de 1998 coubessem mesmo no bolso). Na época, eram 17 milhões de linhas fixas contra 4,6 milhões de celulares. Hoje são 225 milhões de linhas de celular – um pouco mais de uma para cada brasileiro. E a TIM tem 22,8% de market share – atrás da Vivo (33,3%) e da Claro (26,1%), mas à frente da Oi (16,1%). Juntas, as quatro dominam 98% do mercado de
telefonia móvel.

Com mais de 10 mil funcionários no Brasil, sua operação está dividida em 22 escritórios e 157 lojas, um contingente que trabalha para atender as mais de 50 milhões de pessoas que a empresa possui em sua base de clientes de telefonia móvel (21,6 milhões no pós-pago e 31,1 milhões no pré). Além disso, são mais 600 mil usuários em seu serviço de internet fixa, o Tim Live.

A empresa e seus funcionários

Durante os primeiros meses da pandemia, a TIM fechou todas as lojas fixas e escritórios, e instaurou home office integral. O que se viu foi o que tem acontecido com boa parte das empresas do Brasil e do mundo: os funcionários se adaptaram bem e a ideia agora é tornar o trabalho remoto uma realidade.

A decisão foi tomada após os resultados da pesquisa interna feita entre abril e maio deste ano. Eles indicaram que 72% dos colaboradores se sentem tão ou mais produtivos trabalhando de casa, e preferem continuar assim. Dos que não curtem, a grande maioria toparia ficar de home office um ou dois dias por semana. “Isso demonstra que o trabalho remoto é uma aposta importante para o futuro”, diz Maria Antonietta Russo, vice-presidente de Recursos Humanos da TIM Brasil.

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As lojas voltaram a operar em julho, junto com a abertura dos shoppings, mas para o call center o teletrabalho já é lei. Comercial, administrativo, TI e demais áreas da empresa passam a trabalhar no sistema híbrido. Atualmente, 200 pessoas já testam o modelo de rodízio por escala – em que uma equipe trabalha de casa e a outra atua no presencial, depois troca. Para Maria Antonietta, é uma mudança bem-vinda, mesmo que tenha nascido em um cenário caótico. “Os escritórios serão locais para encontros e eventos. A pandemia instaurou uma crise no mundo, mas também trouxe a possibilidade de evolução. E é sobre esse aspecto que temos trabalhado.”

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A empresa adotou o modelo de rodízio de funcionários. Escritório, daqui em diante, só em alguns dias da semana. (Divulgação/Você S/A)

Ações afirmativas

Não foi só o sistema de trabalho que mudou por lá nesses últimos tempos. A TIM também atualizou seus regulamentos internos, principalmente no que diz respeito a práticas de diversidade e inclusão.

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Em julho, eles criaram cinco “grupos de afinidades” – gênero, raça, LGBTI+, PCDs e gerações. Trata-se de grupos de funcionários que se reúnem para mapear falhas da empresa em relação ao tratamento de minorias e criar mais oportunidades para a inserção delas (o “gerações”, vale esclarecer, é sobre pessoas com mais de 45 anos). De acordo com a TIM, a iniciativa conta com 500 voluntários.

 

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(Arte/Você S/A)

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