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Como estudar e trabalhar no Canadá, Nova Zelândia e na Austrália

Sonhando em fazer intercâmbio? Confira as regras para estudantes estrangeiros que querem trabalhar também nesses três países

Por Camila Pati
Atualizado em 19 dez 2019, 16h15 - Publicado em 14 jan 2018, 05h00

São Paulo – Países que permitem que estudantes estrangeiros trabalhem têm se destacado como destinos de intercâmbio favoritos pelos brasileiros.

Canadá, Nova Zelândia e Austrália são exemplos de países cujos estrangeiros podem trabalhar caso seus cursos cumpram alguns requisitos, como, duração superior a três meses.

“A maior parte dos destinos procurados pelos estudantes brasileiros exige visto para estudar no país, e cada lugar tem suas regras específicas”, diz Paula Leal, gerente da unidade Global Study de Vitória (ES).

1. Canadá

É permitido o trabalho para estudantes que estejam cursando programas específicos, como o chamado Carrier College, que é comparável a um curso técnico.

“Este modelo combina o ensino teórico das salas de aula com a aprendizagem prática, que acontece através de um estágio ou uma experiência de trabalho em uma empresa parceira da instituição de ensino”, diz Flavio Imamura, que é o fundador da Global Study e diretor da franquia.

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Funciona assim: nas primeiras 12 semanas o aluno foca apenas os estudos e, depois, nas próximas 12 semanas faz estágio remunerado. O trabalho é garantido pela escola.

“No entanto, se o intercambista encontrar uma oportunidade enquanto ainda está estudando, neste programa o visto permite trabalho desde o primeiro dia de aula, o que poderá reduzir suas despesas com a viagem”, diz Imamura.

De acordo com a gerente da Global Study de Vitória, o visto de estudante só é necessário para quem vai ficar no país por mais de seis meses. Para cursos de até 24 semanas, o visto é de turista.

O visto de estudante requer o preenchimento de dois formulários, um de residente temporário e um questionário de informações adicionais. Além de fotos, são exigidas ainda cópia da declaração do imposto de renda, extrato bancário e os últimos três holerites, diz Paula. No site de imigração do Canadá é possível ter mais detalhes sobre vistos oferecidos.

2. Nova Zelândia

Estudantes de inglês estrangeiros  podem trabalhar por até 20 horas semanais para ajudar a bancar sua vida no país. “Com visto de estudante, brasileiros podem trabalhar, desde que estejam matriculados numa escola selecionada em um curso com tempo superior a 14 semanas”, diz Imamura. Interessado em atrair pessoas qualificadas, o país ainda concede uma série de vantagens para quem decide fazer doutorado por lá. Um deles é que para quem faz mestrado ou doutorado não há limite para o período de trabalho.

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Para pedir visto de estudante, os documentos solicitados são passaporte, uma foto recente, o formulário online para visto devidamente preenchido, bem como o formulário de financial undertaking (para comprovar recurso financeiro), assinado pela pessoa que estiver financiando o curso e pelo gerente de seu banco.

“É necessário ainda recibo da escola comprovando pagamento integral do curso, garantia de acomodação com endereço onde o aluno vai ficar hospedado, extratos bancários dos seis meses anteriores à aplicação do visto, imposto de renda e holerite, garantia de seguro viagem e a cópia da passagem aérea (ida e volta)”,explica Imamura. Quem fica por mais de seis meses, precisa ainda de exames médicos.

Para cursos de até três meses, ou seja, menos do que 14 semanas, não é necessário solicitar o visto antes de embarcar. Ao chegar ao país e apresentar os documentos exigidos, será concedido um visto de turismo. Não é permitido trabalhar, nesse caso. No site de imigração da Nova Zelândia é possível consultar sobre estes e tipos de visto oferecidos.

3. Austrália

As regras de trabalho são semelhantes às da vizinha Nova Zelândia. Quem faz curso com duração superior a 12 semanas pode pedir o visto de estudante e pode trabalhar até 20 horas semanais. Se o curso for mais curto, o estudante pode pedir o visto de visitante.

O visto de estudante terá validade de acordo com a duração do curso, acrescida de um mês de férias, após o término das aulas.
Ainda no Brasil, ao pedir o visto de estudo para a Austrália é necessário preencher corretamente os formulários exigidos, ter a confirmação da matrícula, ter um seguro saúde, comprovar recursos financeiros para se manter no país, além de comprovar vínculos de retorno ao Brasil. Cursos específicos e universitários requerem ainda a proficiência em inglês. No site de imigração do governo da Austrália, há informações detalhadas sobre os vistos oferecidos.

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