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Como escolher um curso de inglês

Fluência no idioma pode render cargos e salários mais altos, mas é preciso cuidado para não jogar dinheiro fora na hora de optar pelo curso

Por Mariana Amaro
Atualizado em 23 dez 2019, 13h10 - Publicado em 20 fev 2018, 17h00

Um em cada cinco executivos da alta liderança não domina o inglês, segundo a pesquisa Inglês no Trabalho, da Cambridge Assessment English, realizada com 5 mil empresas em 38 países onde o inglês não é o idioma nativo. A deficiência é ainda maior nos demais níveis hierárquicos.

O desconhecimento ou a pouca fluência na língua representam uma série de barreiras profissionais, já que, segundo a mesma pesquisa, dois terços dos empregadores garantem que inglês é importante. E mais: metade de todos os empregadores oferecem um pacote inicial de benefícios mais atrativo aos candidatos com boas habilidades em inglês, o que pode levar a uma progressão mais rápida na hierarquia corporativa e maiores salários.

Diante da necessidade de dominar o idioma, muitos profissionais têm procurado cursos de inglês que prometem o aprendizado da língua de diversas formas, recorrendo desde ao uso de aplicativos até aos cursos que prometem fluência em um mês. “É impossível melhorar o nível de uma língua estrangeira com oito aulas de 50 minutos”, diz Jorge César, coordenador do curso bilíngue da organização sem fins lucrativos Alpha Lumen e consultor em processos de recrutamento de empresas como a Johnson & Johnson e a Embraer. “Uma pessoa que não fala outra língua é quase analfabeta no mercado de trabalho”, afirma. A seguir, especialistas dão orientações sobre o que verificar antes de se decidir por uma escola de inglês.

A definição de um objetivo

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Por que você quer aprender inglês? Existem cursos que focam em determinados aspectos, desde ensinar termos técnicos a advogados brasileiros que atuam em causas internacionais até reforçar o conhecimento de quem quer fazer um mestrado fora do país.

A metodologia

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É importante pesquisar métodos de ensino, dos mais tradicionais aos mais inovadores, e verificar a infraestrutura da escola. “Dá para perguntar para quem já fez o curso e, no formato online, encontrar fóruns em que os alunos conversam”, orienta Leticia Goes, professora de inglês em Brasília.

A experimentação

Alguns cursos oferecem períodos de uso gratuito. É o momento de verificar sua adaptação ao sistema e ao material fornecido. Se a escola não permitir que você assista a uma aula demonstrativa, pode haver algum problema – vale investigar os motivos.

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O teste

A escola deve oferecer um teste de avaliação para definir seu nível. Em cursos online, veja se há exercícios e provas e se elas são corrigidas rapidamente. Para algumas pessoas, sentir que está “passando de fase” pode ajudar no aprendizado, principalmente em cursos digitais, em que a interação com colegas de classe só acontece por meio de fóruns

A adaptação à rotina

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Se você trabalha até tarde com frequência ou tem uma jornada imprevisível, vai jogar dinheiro fora se contratar uma escola de inglês com grade rígida. Existem cursos que flexibilizam os horários e oferecem reposições sem custos. Mas tenha em mente que a dedicação precisa ser grande, independentemente da rotina. A maioria das organizações de ensino de inglês recomenda um mínimo de 100 horas de estudo para domínio do idioma.

O diploma

Diploma não é o mais importante, mas muitas empresas exigem o certificado internacional de proficiência da língua. Procurar escolas que preparam para os exames oficiais é o ideal nesse caso.

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A alternativa

Para quem estiver com mais pressa porque depende da língua para conseguir uma promoção, por exemplo, deve procurar um professor particular. “Assim, em três ou quatro meses é possível avançar um nível”, diz Jorge.

O intercâmbio

Para quem já tem um nível ao menos básico de inglês, alguns meses disponíveis e necessidade de aprender rápido, a melhor forma é fazer um intercâmbio. “Serve para aqueles que são mais travados com a língua também”, diz Maria Luiza Vieira, professora de Letras da Universidade Federal de Pernambuco.

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