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Alemanha quer atrair pesquisadores brasileiros (não precisa saber alemão)

Há oportunidades de pesquisa e financiamento em universidades de excelência e em outras instituições da Alemanha

Por Camila Pati
Atualizado em 19 dez 2019, 16h09 - Publicado em 22 Maio 2019, 15h19
Berlim, na Alemanha: não é difícil encontrar pessoas que falem inglês na capital (swinnerrr/Thinkstock)
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São Paulo – Pesquisadores brasileiros com doutorado interessados em conhecer as opções de pós-doutorado oferecidas por instituições e universidades da Alemanha podem se inscrever em dois seminários que vão ser realizados em São Paulo, no dia 4 de junho, e também em Belo Horizonte, no dia 6 de junho.

Representantes das Freie Universität Berlin (FU Berlin), Technische Universität München (TUM), Universidade de Münster (WWU) e Aliança Universitária do Ruhr (UA Ruhr) no Brasil vão explicar as possibilidades que existem no país para pesquisadores durante os eventos que têm 50 vagas cada um.

As inscrições vão até o dia 27 de maio podem ser feitas por estes links: Seminário São Paulo Seminário Belo Horizonte. Os eventos serão em inglês, domínio do idioma alemão não é uma exigência para os pós-doutorandos na Alemanha.

A co-organização das palestras informativas é do Centro Alemão de Ciência e Inovação (DWIH São Paulo) com o suporte da Fundação Alexander von Humboldt (Alexander von Humboldt-Stiftung – AvH).

“Existem várias opções de bolsas de estudo, como a Capes-Humboldt para pós-doutorado, por exemplo”, diz Marcio Weichert, coordenador do DWIH em São Paulo.

Mesmo com as recentes suspensões de bolsas de estudo pela Capes, o programa em parceria com a Humbolt foi preservado. “O pesquisador quando volta ao Brasil continua fazendo parte da rede da fundação que tem mais de 28 mil bolsistas de diferentes partes do mundo”, diz.

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Além do apoio para pesquisa, a Fundação Humbolt oferece subsídios para equipamentos e livros e, no programa em conjunto com a Capes, completa o valor da bolsa auxílio para que fique igual ao valor recebido por todos os seus bolsistas na Alemanha. A fundação possui mais de 28.000 mil ex-bolsistas em diferentes países.

Além dessa e outras bolsas de estudo, os seminários vão trazer informações também para quem vai com recursos próprios e também para pesquisadores de pós-doutorado que podem ir contratados por empresas. “Nesse caso, os brasileiros vão com contrato de trabalho temporário”, explica Weichert.

Os pós-doutorandos costumam ser remunerados com bolsas de estudo ou salários, de acordo com a relação com a instituição de pesquisa. Há oportunidades de pesquisa e financiamento em universidades de excelência e em outras instituições da Alemanha como DFG (Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa), DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico) e AvH (Fundação Alexander von Humboldt). Pós-doutorandos que já estiveram da Alemanha também estarão presentes nos seminários.

Nos dois eventos, haverá representantes do consulado alemão para dar informações sobre a questão de visto. “Há casos em que brasileiros não precisam de visto prévio, podendo solicitá-lo em até 90 dias após sua chegada na Alemanha. A situação depende de como o pós-doutorando será financiado: se por bolsa, salário ou recursos próprios, se levará familiares, entre outras variáveis”, diz Weichert.

Interesse em atrair pesquisadores não é novidade no país

O investimento na atração de pesquisadores altamente qualificados em nível de pós- doutorado não é algo novo na Alemanha e não tem ligação com a recente necessidade do país por imigrantes qualificados. “Esses  programas de atração de mão de obra qualificada miram profissionais com graduação nas áreas de TI, medicina, enfermagem”, explica o coordenador do DWIH.

Já os estudantes de pós-doutorado são recrutados para trabalhar na área de pesquisa e grande parte dos brasileiros retorna para o Brasil depois que termina a pesquisa. “A Alemanha tem uma política de flexibilização e não força que o pesquisador fique no país porque o investimento é em pesquisa feita por redes”, diz Weichert.

Nessa modalidade, a pesquisa não conhece barreiras geográficas e feita de forma colaborativa por vários pesquisadores do mundo. “Cada pesquisa uma parte específica e isso acelera os avanços da Ciência”, diz Weichert.

 

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