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4 formas de desenvolver sua inteligência emocional

Saber gerir as próprias emoções é uma das competências mais valorizadas pelo mercado de trabalho em 2020, segundo o Fórum Econômico Mundial

Por Fernanda Colavitti
Atualizado em 17 out 2024, 10h54 - Publicado em 6 set 2020, 10h00
 (Compassionate Eye Foundation/Paul Bradbury/OJO Images Ltd/Getty Images)
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A habilidade de reconhecer e entender as próprias emoções e as das outras pessoas, chamada de inteligência emocional (IE), já é uma das características mais valorizadas em profissionais e continuará sendo nos próximos anos, segundo estudo mundial divulgado pela Capgemini, empresa de serviços de consultoria, tecnologia e terceirização.

De acordo com 74% dos executivos seniores e 58% dos colaboradores não executivos que participaram da pesquisa, em breve, será impossível contar com funcionários sem esta competência. A estimativa é de que, nos próximos anos, a procura por essa soft skill seja pelo menos seis vezes superior ao que é atualmente. 

Um dos principais impulsionadores da popularidade da IE, segundo o relatório, é o desenvolvimento acelerado de outro tipo de inteligência, a artificial (IA).

“No mercado de trabalho, enquanto a tecnologia digital cresce, a busca por profissionais que saibam utilizar suas competências comportamentais e emocionais, como a estratégia, a criatividade, o pensamento crítico, a inovação e a negociação, também cresce”, afirma Rodrigo Fonseca, presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional. “Nesse cenário, a Inteligência Emocional é a principal ferramenta para desenvolver tudo isso no ser humano.”

E o motivo, segundo a consultora de RH Gabriela Almeida, é o fato de que pessoas com a IE desenvolvida são mais flexíveis. “Elas têm mais facilidade para se adaptar ao mundo VUCA (volátil, incerto, ambíguo e complexo), a novos modelos de negócios, novas tecnologias, novos parceiros de trabalho”, diz. “Além disso, demonstram mais aptidão para se aprofundar no autoconhecimento e entender melhor as suas emoções e como elas se refletem em suas entregas e na convivência em equipes multidisciplinares.”

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A seguir, Gabriela e Rodrigo dão dicas para ajudar profissionais de todas as áreas a desenvolver a IE: 

1 – O primeiro passo, e mais importante, é o autoconhecimento, segundo Gabriela. Para isso, é preciso desenvolver um olhar atento para o seu comportamento e suas reações diante de situações adversas. “Peça feedback sobre os seus pontos fortes e fracos a três ou quatro pessoas em quem mais confia; faça um teste de personalidade e interprete sozinho ou com a ajuda de um especialista o que o relatório apontou”, afirma.

2 – Do que você tem medo? O que impede você de arriscar e ir atrás dos seus objetivos? Qual a pior coisa que pode acontecer se arriscar? Ou se permanecer procrastinando? “Quando essas perguntas são respondidas, identificamos o que precisamos mudar em nosso comportamento ou o que podemos enfrentar”, diz Rodrigo Fonseca.

3 – Procure enxergar o aprendizado que as experiências mais dolorosas trazem. “Dessa forma, a dor não será um impedimento e você descobrirá que a única diferença entre o medo e a coragem é a ação”, afirma Fonseca.

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4 – “Quando sentir medo, raiva, tristeza, alegria ou amor, feche os olhos e perceba o que ocasionou essa emoção”, diz Fonseca. Observe a sua reação interior e o seu comportamento externo. Aos poucos, você conseguirá usar a raiva para colocar limites em situações desagradáveis, ou viver um luto quando a tristeza surgir, para depois se levantar. Desse modo, a sensação de estar no controle da sua vida aumentará a cada dia.

Da teoria à prática

SAP Brasil e Visa do Brasil são exemplos de empresas que investem na inteligência emocional dos funcionários

Desde 2015, a desenvolvedora de softwares SAP mantém globalmente a iniciativa “Mindfulness@SAP”, que incentiva a prática de algumas técnicas de meditação, além de maneiras de administrar o stress do dia a dia.

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Em 2019, a empresa lançou um programa de saúde mental, tema que tem sido relevante para a companhia em todos os países, segundo Eliane Demitry, gerente de RH da SAP Brasil. “No Brasil, iniciamos várias atividades que incluem reuniões com os funcionários para falar abertamente sobre o tema, reforçando a importância do bem-estar físico e emocional”, afirma.

A Visa do Brasil também promove, há três anos, iniciativas visando a qualidade de vida dos colaboradores, segundo Priscila Monaco, diretora de RH da empresa.

“Realizamos treinamentos de negociação e inteligência emocional com o objetivo de criar mudanças positivas na vida dos funcionários. Também organizamos cursos de mindfulness, que utilizam técnicas de meditação para atingir atenção plena e foco no presente”, diz Priscila.

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