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Diogo Arrais

Por Língua
É professor de língua portuguesa, consultor de empresas, fundador do Arrais Cursos e criador do Canal Mesma Língua no Youtube
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Antes e depois na ortografia: o que mudou com a reforma

Professor Diogo Arrais explica algumas das mudanças da reforma ortográfica

Por Diogo Arrais, professor de português (@diogoarrais)
Atualizado em 9 dez 2020, 20h05 - Publicado em 11 ago 2020, 14h39

Em algum dia, você já acentuou graficamente a forma verbal BATEM? Nunca! Por quê? Justamente porque o termo é paroxítono finalizado em EM, como “jovem, correm, podem.”

Partindo desse princípio, muitos estudantes viam-se em uma espécie de problema com as formas verbais CRÊEM, LÊEM, DÊEM.

Na atualidade, devido à recente Reforma Ortográfica, tais formas verbais são enquadradas à regra dos termos paroxítonos e não são mais acentuadas graficamente. Agora são grafadas assim: CREEM, LEEM, DEEM.

Usando a excelente obra Escrevendo pela Nova Ortografia, com coordenação e assistência de José Carlos de Azeredo, vamos a um quadro comparativo do “antes” e “depois”:

Antes                            Depois

VÔO                             VOO

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ENJÔO                          ENJOO

PERDÔO                            PERDOO

IDÉIA                                 IDEIA

ESTRÉIA                            ESTREIA

ASSEMBLÉIA                    ASSEMBLEIA

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HERÓICO                            HEROICO

CRÊEM                                CREEM

DÊEM                                  DEEM

VÊEM                                  VEEM

      Podemos notar que, em relação à acentuação gráfica, a Reforma Ortográfica cuidou-se da elevação de alguns termos à regra dos paroxítonos – não se acentuam graficamente os paroxítonos finalizados em A, E, O (pluralizados ou não) e EM / ENS.

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TREMA

Apesar de trema ser um sinal de ortofonia (voltado para a correção dos componentes sonoros, fonológicos), em palavras de Língua Portuguesa, seu uso foi abolido. Daí temos: linguiça, consequência, cinquenta, Linguística.

As palavras que não mais fazem uso de trema permanecem com a mesma pronúncia. Não houve quaisquer alterações na pronúncia.

Já os termos estrangeiros permanecem com a mesma grafia: Müller, Citroën.

DITONGOS ABERTOS (EU, EI, OI)

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 Na última sílaba, há o acento: chapéu, papéis, herói.

 Na penúltima sílaba, não há o acento: heroico, ideia, estreia, assembleia.

Aqui os paroxítonos precisam seguir a regra. Por isso mesmo, vocábulos como DESTRÓIER, GÊISER, BLÊIZER continuam acentuados graficamente, uma vez que são paroxítonos finalizados em –R.

Um grande abraço, até a próxima e inscreva-se no meu canal!

 

 

                        DIOGO ARRAIS

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Professor de Língua Portuguesa

Fundador do ARRAIS CURSOS

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