USP fecha parceria com o Google e cria cátedra especializada em inteligência artificial
A cátedra IA Responsável firma a união da big tech com a universidade paulista para aprofundar estudos sobre a tecnologia específica.
A Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Google, vai inaugurar uma cátedra específica para aprofundar estudos em inteligência artificial. Chamada de cátedra IA Responsável, ela será lançada oficialmente no dia 2 de dezembro, sediada no Instituto de Estudos Avançados (IEA).
O catedrático será o professor Carlos Américo Pacheco, que tem passagens pela direção da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e da reitoria do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Pacheco também leciona na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) há 37 anos.
É inegável que a IA está alterando diversos campos da sociedade e da economia. A inauguração da cátedra mostra que a universidade está atualizada com as tendências de geração de conhecimento e disposta a contribuir para esse tipo de estudo.
Atualmente, as cátedras em universidades brasileiras funcionam como núcleos de estudos voltados a temas específicos. A nova cátedra vai reunir seminários, workshops, estudos, pesquisas e levantamento, como um grande grande-chuva sobre o assunto.
As conversas entre a USP e o Google começaram em 2023, depois que o executivo Prabhakar Raghavan, atualmente chefe de tecnologia e na época vice-presidente sênior de engenharia de busca do Google, veio ao Brasil e realizou uma palestra no IEA. Outras instituições importantes do exterior, como a Universidade de Waterloo, no Canadá, também têm cátedras sobre IA em parceria com o Google.
“O objetivo central é contribuir para que a inteligência artificial ajude a tornar as capacidades humanas melhores e mais amplas, para que possamos construir um mundo mais justo, seguro e solidário”, afirma Glauco Arbix, coordenador do Observatório de Inovação do Instituto de Estudos Avançados (IEA), ao Jornal da USP. “A gente sabe que uma IA responsável não vai emergir de forma automática; como toda tecnologia crítica, traz riscos, problemas éticos, discriminação de privacidade, assim como viés de gênero e raça e facilita a disseminação de notícias falsas. O que anima a cátedra, no entanto, é a disposição para superar obstáculos e vencer desafios.”
A decisão das duas instituições de combinar suas competências é descrita por Arbix como “um passo mais do que importante para a USP, para o Google e para o nosso país”. A notícia chega em um momento onde discussões sobre regulamentação de inteligência artificial e soberania tecnológica do país estão acaloradas.
A demanda por profissionais capacitados e qualificados em IA também norteia vários dos objetivos da cátedra. Ela planeja, através dos estudos especializados, reduzir essa escassez de profissionais e aplicar uma formação que siga critérios de IA responsável, que vão desde privacidade e segurança dos usuários até fundamentos éticos voltados à sustentabilidade.
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