Pessoas que usam IA no trabalho são vistas pelos colegas como mais preguiçosas e menos competentes, diz estudo

A pesquisa feita com 4,4 mil participantes afirma que usar ferramentas de IA no trabalho traz uma imagem negativa para colegas e potenciais chefes.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 13 Maio 2025, 17h19 - Publicado em 13 Maio 2025, 15h00
Um cérebro de vidro colorido iluminado sobre um fundo de cubos que são como interruptores iluminados.
 (Jonathan Kitchen/Getty Images)
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Um trio de analistas de negócios da Duke University, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas que usam aplicativos de Inteligência Artificial (IA) no trabalho são percebidas por seus colegas como preguiçosas e menos competentes do que aquelas que não os utilizam.

Nos últimos dois anos, aplicativos de IA como o ChatGPT tornaram-se populares tanto para fins recreativos quanto profissionais. Neste novo esforço, o trio de pesquisadores analisou como o uso da IA ​​é visto por pessoas na força de trabalho. Seu trabalho envolveu a realização de quatro experimentos online, com 4,4 mil participantes. O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

No primeiro experimento, os pesquisadores pediram aos participantes que se imaginassem usando um aplicativo de IA ou uma ferramenta de criação de painéis para concluir projetos de trabalho. Eles perguntaram a esses mesmos usuários como eles achavam que outras pessoas em seu local de trabalho os veriam se usassem tais aplicativos. Os pesquisadores descobriram que muitos dos entrevistados acreditavam que seriam julgados como preguiçosos, menos diligentes e menos competentes. Eles também sugeriram que poderiam ser vistos como mais facilmente substituídos do que aqueles que se recusavam a usar esses aplicativos para realizar seu trabalho.

No segundo, os participantes tiveram que descrever como viam os colegas de trabalho que usavam aplicativos de IA para realizar seu trabalho. Os pesquisadores descobriram que muitos viam esses colegas como menos competentes em seus trabalhos, preguiçosos, menos independentes, menos autoconfiantes e menos diligentes.

No terceiro experimento, os participantes deveriam fingir que eram gerentes que estavam contratando alguém para um cargo. Eles descobriram que esses “gerentes” eram menos propensos a contratar alguém se esse candidato admitisse usar IA para realizar seu trabalho. Mas tinha uma exceção: se o gerente era alguém que usava IA no trabalho, essa prática não tinha tanto peso.

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No quarto e último experimento, os pesquisadores questionaram os voluntários sobre outro aspecto do uso de IA no trabalho: quando ela era reconhecidamente útil. Em tais cenários, as percepções negativas diminuíram em grande parte.

A equipe de pesquisa observa que um fator fez a diferença em todos os seus experimentos: se os participantes realmente usaram IA no trabalho, eles viram seu uso por si próprios ou por outros de uma forma muito mais positiva.

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