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Permissão para ser humano: contra a ditadura da felicidade tóxica

Não dá para ser feliz o tempo todo. Num mundo que prega alegria constante, precisamos aceitar que todas as nossas emoções são partes da experiência humana.

Por Renata Rivetti, em colaboração especial com a Você S/A*
9 ago 2025, 08h00
Trabalhadores se divertindo no escritório enquanto um homem fica sério no meio da roda.
 (Allison Michael Orenstein/Getty Images)
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A campanha do RH incentiva o descanso e equilíbrio de vida. A influenciadora do TikTok traz soluções mágicas de horas e horas dedicadas ao bem-estar, suplementos, atividades físicas, meditação, banheira de gelo. No Instagram, mães falam sobre o cuidado com os filhos, sobre conciliar carreira e maternidade com a maior perfeição. E no LinkedIn vemos prêmios, promoções e lindas histórias de sucesso e resiliência. A grande máxima do “basta querer” está em todos os lugares, mas será que isso é vida real mesmo?

O mercado de wellness movimenta uma indústria bilionária e as possibilidades são infinitas. Porém, e quando a rotina é sem rede de apoio, com trabalho presencial a duas horas de casa, com salário mediano, com líderes tóxicos que não permitem o descanso e com a falta de empatia do mundo? Será mesmo que dá para ter horas diárias dedicadas ao autocuidado e a querer ser feliz?

Não existe felicidade o tempo todo. E felicidade não é sobre alegria constante e uma vida de emoções positivas. Isso só existe no mundo fake da internet mesmo. A grande verdade é que nossa vida terá emoções positivas e negativas, concomitantemente. E está tudo bem. O olhar mais científico da felicidade traz o conceito da “permissão para sermos humanos”. É a aceitação plena de nossas emoções e imperfeições, reconhecendo que sentir medo, tristeza, frustração ou dúvida faz parte da experiência humana e não é um sinal de fraqueza ou fracasso. Ao darmos espaço às emoções difíceis, nos tornamos mais resilientes e genuinamente felizes.

 

 

O momento do mundo traz essa felicidade tóxica, uma busca irreal de uma vida perfeita, com prioridade no autocuidado e em nossa saúde. Como se todos nós tivéssemos as mesmas horas disponíveis para nosso bem-estar. O que isso tem trazido somente é mais competição, comparação, ansiedade e ainda culpabiliza o indivíduo pelo seu adoecimento.

Precisamos cuidar sim das nossas saúdes física, mental e social, mas de forma possível, sem cobranças extremas ou competições com vidas postadas. Viver de forma harmônica, hoje em dia, já é bastante e não é fácil.

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Olhe para dentro, para sua vida, priorize o que de fato te faz bem, aprofunde conexões com pessoas importantes, busque sentido em suas escolhas, construa um legado, e… descanse.

A vida não é uma corrida atrás de algo. É a construção de uma jornada que vale a pena ser vivida.

Aproveite!

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*Renata Rivetti é especialista na ciência da felicidade, fundadora da Reconnect, 2x TEDx Speaker, LinkedIn Top Voice, palestrante, consultora e colunista da Fast Company Brasil. Já palestrou e fez projetos em organizações de diferentes setores e portes, como Unilever, Nestlé, Natura, Grupo Boticário, Heineken, Banco Itaú, Vivo, entre outras. Renata é formada em Administração pela FGV-EAESP, com pós-graduação em Psicologia Positiva na PUC-RS e especialização em Estudos da Felicidade na Happiness Studies Academy, além de diversas certificações em bem-estar e saúde mental no trabalho em Harvard, Penn, entre outras instituições.

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