Google força alguns trabalhadores remotos a retornar 3 dias por semana sob risco de perderem seus empregos

Ultimato da big tech atinge, principalmente, quem se mudou durante a pandemia. Confira.

Por Leo Caparroz
28 abr 2025, 15h00
A imagem mostra a fachada de um prédio com o logotipo do Google. O logotipo está em letras grandes e coloridas, fixado na parede externa do edifício, que é cinza e tem linhas retas e janelas com persianas. O céu ao fundo está claro.
 (Alex Dudar/Unsplash)
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Faz cinco anos que a pandemia de Covid-19 virou o mundo de cabeça para baixo. Uma das maiores mudanças no estilo de vida das pessoas foi a adoção de um esquema de trabalho remoto, em que elas podiam trabalhar de suas próprias casas.

Agora, cinco anos depois, muitas das empresas estão revendo essas mudanças. O Google, por exemplo, está exigindo que funcionários no esquema remoto voltem ao escritório – caso contrário, podem perder seus empregos.

De acordo com documentos internos acessados pelo jornal americano CNBC, várias equipes do Google informaram seus funcionários de que suas funções podem estar em risco caso eles não optem por um esquema de trabalho híbrido no escritório mais próximo. Alguns desses funcionários já haviam sido aprovados para trabalho remoto.

Durante a pandemia, o setor de tecnologia foi um dos que mais rapidamente aderiu à mudança para o trabalho remoto (chamado aqui de “home office”). Os acordos flexíveis permitiram que vários funcionários saíssem dos grandes centros urbanos em direção a cidades mais tranquilas, com melhores preços e condições de vida.

Essa mudança de tom, com duras restrições ao trabalho remoto, é um balde de água fria nessa classe de funcionários que se mudaram para locais distantes. Se quiserem manter seus empregos, eles terão de rever suas prioridades.

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A história não é exatamente novidade. Desde o começo do ano, o Google começou a lançar esse ultimato em alguns de seus funcionários: três dias por semana no escritório mais próximo ou demissão.

Essa proposta ameaçadora atingiu diversas áreas da empresa, como Recursos Humanos, Serviços de Tecnologia e equipes específicas de produtos. Alguns funcionários da área de Serviços de Tecnologia receberam uma oferta de ajuda de custos para se mudarem para menos de 80 km de um escritório. Para o RH, quem mora longe demais pode continuar com o esquema remoto, mas não vai receber novos cargos enquanto não aderir ao híbrido.

Tudo isso acontece num momento muito específico para a big tech – o Google e seus concorrentes estão buscando cortes de custos e investimentos em Inteligência Artificial. Cortes direcionados em várias equipes visam realocar investimentos para essa nova e sedutora tecnologia.No final do ano passado, o Google tinha cerca de 183.000 funcionários, uma redução dos cerca de 190.000 de dois anos antes.

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Courtenay Mencini, porta-voz do Google, afirmou à CNBC que as decisões sobre as demandas de retorno de funcionários remotos são baseadas em equipes individuais e não em uma política corporativa.

“Como já dissemos, a colaboração presencial é uma parte importante de como inovamos e resolvemos problemas complexos”, disse Mencini. “Para apoiar isso, algumas equipes pediram aos funcionários remotos que moram perto de um escritório que retornassem ao trabalho presencial três dias por semana.”

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