Estudo mostra que nossa mente favorece explicações simples e ações eficazes
Segundo a pesquisa, nosso cérebro gosta de receber instruções simples - e isso é relacionado ao nosso desejo de executar tarefas com eficiência.
A preferência das pessoas por receberem explicações simples em qualquer situação está conectada ao seu desejo de executar tarefas de forma eficiente. É isso que descobriu um novo estudo realizado por pesquisadores do departamento de psicologia da Universidade de Waterloo e publicado na Cognitive Psychology.
Os pesquisadores descobriram que os participantes do estudo preferiam ouvir soluções que envolvessem causas comuns e confiáveis em vez de complexas ou raras. Esse padrão também se repetiu quando os voluntários avaliavam de ações. Nesse caso, os métodos mais simples eram vistos como mais rápidos e eficazes. As descobertas sugerem que haja um processo mental compartilhado, vinculando a simplicidade com eficiência tanto no raciocínio quanto na tomada de decisões.
Esse desejo por simplicidade parece não ser apenas uma necessidade de clareza, ele reflete uma preferência cognitiva por resultados eficazes. Essa percepção pode moldar como abordamos a comunicação e a resolução de problemas em vários contextos, principalmente no âmbito profissional e dentro da comunicação corporativa.
“Essas descobertas mostram que nossa preferência por explicações mais simples reflete como avaliamos ações. A simplicidade não é valorizada apenas em explicações — é parte de como pensamos em alcançar resultados de forma eficiente”, afirma Claudia Sehl, principal autora do estudo.
A equipe de pesquisadores conduziu sete experimentos envolvendo 2.820 participantes. Os voluntários foram apresentados a maneiras simples ou complexas de explicar um resultado ou atingir uma meta e deveriam dizer qual das alternativas era mais atraente. Os participantes, na maioria das vezes, preferiam as opções que soavam mais simples.
O estudo descobriu que as pessoas são mais atraídas por explicações que envolvem causas comuns e confiáveis. Se uma causa parecia rara ou não confiável, era vista como menos útil. Em outras palavras, quanto mais simples e confiável a causa, mais atraente ela era tanto para entender um evento quanto para alcançar resultados no futuro.
“Essencialmente, quanto mais comum e confiável uma causa, mais atraente ela se tornava como uma explicação e um método para alcançar resultados”, disse Sehl. “Além disso, seja descrevendo causas ou buscando resultados, usar menos causas parece mais rápido e eficaz, apontando para um processo mental compartilhado por trás de ambas as preferências.”
No geral, as descobertas sugerem que a eficiência é valorizada tanto em explicações quanto ao atingir metas.
“Nossa pesquisa sugere que as pessoas se importam muito com eficiência — a ideia de fazer mais com menos — e que esse foco na eficiência afeta como as pessoas pensam sobre explicações e realizações”, disse Friedman.