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Como organizar um pet day

As empresas estão abrindo as portas para os animais de estimação dos funcionários, mas é preciso tomar alguns cuidados para que ações desse tipo deem certo

Por Tamires Vitorio
Atualizado em 16 out 2024, 09h43 - Publicado em 11 dez 2017, 04h00
Funcionária da Bayer durante o pet day no escritório de São Paulo: cuidado com o bem-estar dos funcionários e dos animais (Divulgação/Divulgação)
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Em uma sala de treinamento, uma palestra do adestrador Daniel Sawagucchi é acompanhada por doze participantes de quatro patas no primeiro pet day da Elo 7, plataforma de comércio eletrônico com sede em São Paulo.

A companhia criou o evento a pedido dos funcionários, que puderam levar seus cães até a sede da empresa. “No primeiro momento, queríamos que qualquer animal pudesse vir, mas ficamos preocupados com possíveis brigas e restringimos a apenas cachorros”, diz Aline Garcia, responsável pelo RH na Elo 7.

Assim como a companhia de tecnologia, muitas empresas estão abrindo a porta para os pets. As razões vão desde a vontade de aumentar o engajamento do time até a diminuição do estresse dos funcionários – uma pesquisa da Universidade da Virgínia, feita em 2016 com 550 empregados de uma firma americana, descobriu que as pessoas que levavam seus bichinhos ao trabalho eram mais satisfeitas, comprometidas e calmas do que as que não faziam isso.

Mas, para que o pet day realmente funcione, é preciso estabelecer algumas regras. Caso contrário, os benefícios podem ir por água abaixo. Na C&A, por exemplo, os empregados precisam estar cientes de que os cães devem estar sempre acompanhados. “Se o funcionário tiver uma reunião, deve levar o cachorro”, diz Márcia Costa, vice-presidente de RH da C&A. Essa regra foi fundamental para que cinquenta cães convivessem em harmonia com os empregados no escritório da varejista, em São Paulo. A companhia também pensou naqueles que têm medo ou alergia a animais – algo fundamental para que ninguém se sinta contrariado com eventos desse tipo. “É importante que a empresa se lembre sempre que, ao mesmo tempo em que está agradando quem gosta de cachorro, está desagradando quem não gosta. Por isso, demos a liberdade para fazer home office ou trabalhar em outra área em que não haveriam animais”, diz Márcia.

Bem-estar geral

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Um dos pontos mais importantes para que pet days sejam bem-sucedidos é a comunicação transparente. Foi isso que fez com que o evento da multinacional Nestlé, que uniu gatos e cachorros, desse certo. “Tivemos uma orientação geral via e-mail para todos avisando que o evento ia acontecer e explicando como seria, tanto para quem queria levar o pet quanto para quem tinha alguma restrição”, afirma Mariana Albino, gerente de RH da Nestlé.

Regras claras são necessárias não apenas para que todos os funcionários se sintam confortáveis, mas para garantir também o bem-estar dos bichinhos. “Não adianta só as pessoas acharem bacana, precisamos pensar no animal, que deve estar em um ambiente tranquilo, com comida, controle de parasitas e com a vacinação em dia. E, também, é importante que os pets participantes sejam dóceis e habituados com as pessoas, o que evita acidentes”, diz Ana Lúcia Rivera, gerente da unidade de Animais de Companhia da Bayer.

A multinacional alemã, além de pet days, realizou uma feira de adoção em sua sede em São Paulo e deu um dia de licença “peternidade” para os colaboradores que resolvessem cuidar de um dos gatos ou cães disponíveis para doação. “Além de uma sexta-feira de folga, oferecemos o suporte de um adestrador para dar dicas e ajudar na adaptação do animal e da família”, diz Ana Lúcia Rivera.

O que a empresa deve fazer

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Comunique e oriente os funcionários

Para que o pet day dê certo, é preciso manter uma comunicação frequente com os funcionários – participantes ou não do evento. Palestras sobre adestramento, por exemplo, são uma boa maneira de começar o dia dedicado aos animais.

Prepare-se para imprevistos

Ao lidar com bichos, lida-se com imprevistos. Por isso, é recomendável manter um veterinário a postos ou dar a liberdade para o funcionário sair mais cedo caso algo aconteça.

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Leve em conta quem não gosta de bichos

Nem todos empregados têm cachorros e gatos ou se sentem confortáveis com esses animais. Identifique quem prefere não estar no evento e ofereça opções como home office ou setores livres de bichinhos.

Pense na estrutura física

Se o pet ficar com o dono é preciso que exista um espaço para ele descansar. Caso o funcionário fique longe do bichinho, a empresa deve criar um espaço para os pets. Na Bayer, por exemplo, uma creche foi estruturada, já que os empregados só podiam ficar meio expediente com seus animais de estimação.

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O que os funcionários devem fazer

Conheça a personalidade do seu bichinho

Não adianta levar um animal arisco para um dia todo de interação. Para que tudo corra bem, entenda se o seu pet se dá bem com outras pessoas e com outros bichos.

Mantenha a vacinação em dia

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É importante que seu bichinho de estimação esteja com a carteira de vacinação completa e em dia para não colocar a saúde dos outros participantes em risco.

Cuide da higiene

Embora as empresas costumem oferecer um kit higiene, cabe ao dono prestar atenção se o animal está fazendo as necessidades no local certo e fazer a limpeza.

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