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A receita para o futuro é incluir e diversificar

A individualidade não deve ser mais um obstáculo de crescimento

Por *Fábio Sant'Anna
Atualizado em 9 set 2022, 14h23 - Publicado em 9 set 2022, 14h02

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A agenda ESG – que reúne os compromissos nas frentes ambiental, social e de governança – se impôs sem pedir licença. Empresas do mundo todo não podem mais deixar de lado, ou dizer que desconhecem, a necessidade de integrá-la aos negócios. Das pequenas às grandes, todas desempenham um papel, principalmente social, pois geram empregos, movimentam a economia e impactam diversas classes sociais.

Quando olhamos para o mercado de trabalho formal, notamos que os aspectos que compõem a individualidade de cada pessoa – raça, gênero, idade, orientação sexual etc. –, durante muito tempo e ainda até hoje, acabam influenciando diretamente o crescimento de um profissional. Essas características podem se tornar, muitas vezes inconscientemente, aceleradoras, ou, quando pensamos em grupos minorizados, grandes entraves. Racismo, etarismo, machismo e tantos outros “ismos” formam um vocabulário que não tem (jamais teve, na verdade) lugar em sociedades que buscam ser éticas, igualitárias e querem promover o bem-estar de todas as pessoas. Assim, cada individualidade é única e não serve, portanto, para comparar, avaliar e medir capacidades.

Leis, normas, regulamentos, estatutos, muitos são os textos já escritos para guiar os passos dentro da rota ESG. Mas não basta adotar uma agenda positiva apenas por força da lei: é preciso que realmente se acredite que vale a pena buscar igualdade de oportunidades, construir ambientes psicologicamente seguros e acabar com a discriminação. Mais diversidade atrai mais pontos de vista, que levam a mais e melhores ideias, gerando retornos sempre crescentes. No fim, a diversidade compensa.

São necessárias, claro, todas as leis e regras já construídas – e que se continue a construí-las e atualizá-las – para que as empresas mais resistentes entendam que não vale a pena se desviar das boas práticas. A incorporação cada vez mais ampla da diversidade acabará deixando para as futuras gerações o legado de um mundo profissional em que a discriminação fazia parte de um tempo em que o processo civilizatório ainda estava em evolução e progresso.

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A Arcos Dorados, empresa que opera a marca McDonald’s em 20 países da América Latina e Caribe, conta com mais de 30 000 colaboradores só no Brasil. A diversidade está no

próprio DNA da empresa, que cada vez mais busca abrir espaço para a individualidade de cada um. O programa Cooltura de Serviço, por exemplo, incentiva os colaboradores a serem quem realmente são no ambiente de trabalho – não só na forma de se comunicar com os clientes, mas no uso, por exemplo, de penteados, maquiagem e acessórios com que se identifiquem e se sintam bem.

Apesar de a diversidade já, naturalmente, estar presente em um quadro de colaboradores tão populoso, é imprescindível desenvolver iniciativas e ações que acelerem a geração de um ambiente psicologicamente seguro para que todos possam alcançar seu máximo potencial. Para isso, a companhia conta com o Comitê de Diversidade & Inclusão SOMOS, que traz pautas proativas de conscientização e busca ampliar a agenda de D&I por meio da associação com movimentos do mercado, como o MOVER – Movimento pela Equidade Racial, que tem como objetivo gerar mais oportunidades profissionais para pessoas negras, e o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, para seguir acelerando na pauta de diversidade sexual.

A priorização do tema e as diversas ações afirmativas já geram frutos: neste ano, 40% das promoções da empresa foram conquistadas por mulheres declaradas negras. Além do recorte feminino, 61% dos funcionários que foram promovidos entre 2020 e 2021 se declaram pretos ou pardos – representando, ainda, 81% das promoções para posições de liderança no mesmo período. Um dos objetivos da Arcos Dorados é promover a diversidade étnica e a equidade racial, o que, inclusive, está diretamente ligado ao perfil demográfico da população brasileira: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de pessoas autodeclaradas pretas subiu de 7,4% para 9,1% entre 2012 e 2021, e o de pardas, de 45,6% para 47%.

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E a agenda não para por aqui: além de ser uma das maiores geradoras de primeiro emprego do país, a companhia emprega, adapta processos, cria acessibilidade e já desenvolveu cerca de 1 500 pessoas com deficiência, sendo 72% colaboradores com deficiência intelectual. Pioneira nessa ação, já recebeu o Reconhecimento Global por Boas Práticas de Empregabilidade para Trabalhadores com Deficiência na sede da ONU, em Nova York, em 2018, e o Selo Municipal de Direitos Humanos e Diversidade, oferecido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, pela iniciativa Inclusão além da Cota.

Na Arcos, a agenda ESG tem um nome próprio: Receita do Futuro. Diversificar, incluir e respeitar as diferenças – as individualidades, os modos de ser, aquilo que torna cada um único – ao mesmo tempo que promove a igualdade onde ela é indispensável (seja no acesso a oportunidades ou na remoção dos obstáculos) definitivamente é o principal ingrediente para que as empresas atraiam os maiores e melhores talentos, retenham um capital humano cada vez mais qualificado e cresçam cada vez mais, a partir de um ambiente em que todos se sintam seguros para serem quem realmente são.

FÁBIO SANT’ANNA é diretor de Gente, Diversidade e Inclusão da Divisão Brasil da Arcos Dorados.

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