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Bolsas americanas ensaiam recuperação após dia ruim para techs

Netflix e Tesla azedaram o humor de Wall Street, mas mau humor parece ter passado. Mercado agora aguarda balanços das big techs e decisão do Fed, na semana que vem.

Por Bruno Carbinatto e Sofia Kercher
21 jul 2023, 08h22

Bom dia!

Os futuros americanos desta sexta-feira indicam uma recuperação do mini-caos tech de ontem, quando o Nasdaq caiu mais de 2% após as injeções de pessimismo no mercado causadas pela Netflix e pela Tesla, ambas com projeções de números ruins. Foi o pior pregão para as ações de tecnologia em cinco meses.

Agora, no pré-market, a ação da Tesla sobe 1,7%, após o tombo de 9,7% da quinta. Já o papel da Netflix tem uma alta mais tímida: 0,18%, seguindo a queda de 8,4% de ontem (a pior do ano para a empresa).

Até ontem, o setor de tecnologia da bolsa americana estava bombando – sustentado, principalmente, no rali da inteligência artificial. A queda de ontem do Nasdaq, de 2%, não é o fim dessa novela, claro – mas é um indicativo do que pode acontecer com o setor após a temporada de balanços, que começou há pouco nos EUA, caso os resultados não venham fortes o suficiente para confirmar o hype dos investidores. Na semana que vem, diga-se, é a vez das big techs divulgarem seus números. 

Além disso, tem também divulgação de decisão monetária nos EUA. Uma alta de 0,25 ponto percentual nos juros americanos já está contratada; o que o mercado quer ver são indicações do Fed sobre os próximos passos. Haverá mais aumentos ou o ciclo se encerra aqui?

Por enquanto, a aposta majoritária – dois terços, segundo o tracker do CME Group – é que a alta da semana que vem é a última. Mas os próximos dados de inflação e mercado de trabalho ainda deverão guiar esse palpite melhor.

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Como a agenda desta sexta-feira é bastante esvaziada, tanto aqui como na gringa, esses eventos da semana que vem já concentram o foco dos investidores.

Por aqui, o presidente Lula deve assinar, até segunda-feira, a MP que regulamenta as apostas esportivas. Segundo Haddad, essa taxação pode gerar “algo na casa de R$ 2 bilhões por ano” – um valor muito aquém do que se esperava antes, aliás. O governo chegou a prever até R$ 12 bi por ano com a medida. Aposta errada.

Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,26%

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Futuros Nasdaq: 0,49%

Futuros Dow Jones: 0,11%

*às 8h07

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Os carros voadores de Taubaté

A partir de 2026, uma gravidez falsa de quadrigêmeas deixará de ser o produto de exportação mais célebre de Taubaté (SP). A Eve, subsidiária de mobilidade urbana da Embraer, anunciou nesta quinta-feira (20) que sua primeira fábrica das eVTOLs será instalada na cidade.

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Trata-se de uma escolha natural: o município é vizinho de São José dos Campos, sede da fabricante de aviões.   

A Embraer/Eve tem uma lista de pedidos (a serem confirmados) de 2,85 mil eVTOLs (“veículos elétricos de decolagem e pouso vertical” no jargão, “carros voadores” na acepção popular). 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

10h00 – Tesouro divulga relatório da dívida do mês de junho. Logo depois, às 10h30, há entrevista coletiva sobre os números.

13h30 – Ministério do Planejamento divulga relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
  • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,04%
  • Londres (FTSE 100): 0,10%
  • Frankfurt (Dax): -0,41%
  • Paris (CAC): 0,29%

*às 8h09

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Fechamento na Ásia

  • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,05%
  • Hong Kong (Hang Seng): 0,78%
  • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,57%

Commodities

  • Brent: 1,13%, a US$ 80,54
  • Minério de ferro: -0,12% a US$ 117,90 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

*às  7h57

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Um horizonte nublado para o longo prazo

Três veteranos de Wall Street avaliam como o risco de recessão, a piora na desigualdade social e as tensões na China podem afetar o bolso dos investidores nos próximos anos. Veja nesta reportagem da Bloomberg. 

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Temporada de balanços
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

EUA, antes da abertura: American Express

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