O perigo do bullying no trabalho
O assédio no ambiente de trabalho é algo cada vez mais comum. Saiba como identificar o problema e se proteger
SÃO PAULO – A consultoria de recrutamento executivo Robert Half fez uma pesquisa nos Estados Unidos para descobrir se os americanos estavam enfrentando problemas de bullying no trabalho. Eles descobriram que 35% dos empregados entrevistados sofreram assédio e 13% se demitiram porque não aguentavam mais o problema. A saída, para a maioria dos pesquisados, é conversar com o chefe: 27% falaram com os líderes sobre o assunto. E poucas pessoas tiveram coragem de enfrentar o agressor pessoalmente: somente 32% adotou essa postura.
Lucas Nogueira, gerente sênior da Robert Half em São Paulo, comentou a pesquisa com a VOCÊ S/A.
O que caracteriza o bullying no trabalho?
De maneira geral, o bullying se caracteriza por agressões intencionais, sejam verbais ou físicas, feitas de maneira recorrente. No mundo corporativo, as situações mais comuns são a humilhação e intimidação.
Como se proteger?
A proteção deve ser uma iniciativa de todos os possíveis envolvidos. O ideal é que a empresa exponha claramente quais são suas políticas em relação ao bullying, listando, inclusive, possíveis punições ao agressor e alternativas de comunicação das agressões por parte do agredido, além de reforçar, na teoria e na prática, a importância do trabalho em grupo. O gestor, por sua vez, deve estar atento a tratamentos desnecessários e inadequados entre os membros de sua equipe. E, claro, a recomendação é que o agredido exponha seu incomodo de maneira clara, seja ao agressor, ao gestor ou ao departamento de RH da empresa.
A realidade no Brasil é diferente da americana?
No Brasil, as discussões sobre o tema bullying ainda são relativamente recentes, mas têm ganhado força porque as vítimas têm tido cada vez mais coragem de expor seus casos.