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Job rotation é atrativo para profissionais em startup

Allan Kajimoto, co-fundador da Kekanto, conta como o incentivo ao aprendizado em diferentes áreas tem diminuído a rotatividade

Por Por Redação Você S/A
Atualizado em 17 dez 2019, 15h21 - Publicado em 10 Maio 2016, 10h00

São Paulo – Uma pesquisa desenvolvida pela Kelly, multinacional de soluções em RH, realizada com mais de 10 000 profissionais de TI em 31 países, mostrou que apenas 30% deles se dizem satisfeitos com a carreira. Para 58%, há poucas oportunidades de crescimento nas empresas onde trabalham e 52% alegam não terem conversado com o gestor sobre desenvolvimento no ano anterior. O estudo ainda aponta que a maioria desses profissionais (65%) pretende buscar novas oportunidades e quase metade (43%) garante que vai deixar seu atual empregador. 

É pensando em questões como estas que Allan Kajimoto, co-fundador da Kekanto  – guia online de estabelecimentos comerciais – pensou a cultura da empresa, que ajuda a determinar o tipo de profissional que a empresa busca e o que ele precisa fazer para crescer ali. Dentre os pilares da Cultura Ninja da Kekanto, ele destaca o aprendizado. “Todo mundo tem sempre que estar aprendendo algo novo, seja uma linguagem, um produto, um jeito de programar”, diz o empreendedor. Para colocar isso em prática, os funcionários da empresa nunca se mantêm por muito tempo na mesma função, mudando em poucos meses de área para adquirir conhecimento sobre variadas tecnologias. 

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Esse esquema de job rotation reflete no índice de cortes e de demissões voluntárias na Kekanto. Segundo Allan, os funcionários recebem propostas para trabalhar fora todo mês, mas o último caso de saída já faz mais de um ano. “A Kekanto, por ser pequena, não consegue dar planos de carreira extensos. Quando perdemos alguém é quando a empresa para de satisfazer profissionalmente porque o desenvolvedor quer se tornar gerente, por exemplo”, afirma Allan. Daí a importância de manter os colaboradores constantemente desafiados e com a sensação de estar evoluindo. Isso porque boa parte dos profissionais da área tem planos de se aventurar em um negócio próprio e veem o emprego como uma oportunidade de ganhar conhecimento tecnológico e sobre o mercado.  

A Kekanto conta hoje com uma equipe de 36 pessoas, em sua maioria jovens com espírito empreendedor aflorado.  No fim de abril, Allan participou do AWS Cloud Kata em São Paulo, um evento da Amazon Web Services para debater sobre retenção de talentos em startups.

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