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Estagiário quase aos 30: como um advogado virou publicitário

O publicitário Venizelos Murad trocou uma carreira estável como advogado para recomeçar quase aos 30 anos em uma profissão que lhe dá mais satisfação

Por Luciana Lima
Atualizado em 17 dez 2019, 15h28 - Publicado em 3 mar 2015, 17h06

Questão de carreira

O maranhense Venizelos Khoury Murad, de 31 anos, formou-se em direito no Maranhão em 2006. Estagiário em um escritório de advocacia, com chance de ser efetivado, o advogado mudou-se em 2008 para São Paulo, onde pretendia prestar concurso público.

Filho de uma servidora pública, era um caminho natural para Venizelos seguir para o funcionalismo. Porém, a perspectiva de passar anos na mesma empresa despertou o sentimento de mudar de profissão, que já era alimentado durante a faculdade. “Eu havia percebido que o direito não era o que eu queria no terceiro ou quarto ano de curso, mas fui levando a graduação até o fim”, diz. A ideia de se acomodar assustava Venizelos, que, aos 27 anos, decidiu mudar radicalmente de carreira e começar de baixo. 

O dilema

“Sempre imaginei que a profissão de publicitário poderia dar vazão a um lado criativo, que eu encontrava pouco no direito”, diz Venizelos. O advogado decidiu iniciar uma segunda graduação em um curso de publicidade e propaganda, em São Paulo.

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A decisão de largar uma carreira encaminhada e estável foi muito tensa. “Achava que estava jogando fora os anos que eu dediquei à faculdade, além do incômodo que sair da zona de conforto traz”, diz. 

A decisão

“Durante a faculdade, conciliei trabalhos como advogado para pagar a mensalidade. No último ano, sem nunca ter estagiado na área, mandei um e-mail para a Ampfy, agência especializada em mídia digital, e o próprio Gabriel Borges, presidente da agência, me respondeu.

Ele me chamou para um café e ofereceu um estágio na Ampfy. Eu era o estagiário mais velho, mas acredito que o estilo de gestão menos hierárquico da empresa tenha ajudado na minha adaptação. Eu me formei em 2013 e fui contratado como analista de planejamento. Hoje não me arrependo da mudança e acredito que ter cursado direito até ajuda no meu trabalho”. 

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