Desenhar é bom para memória e retenção de informações

Um estudo mostrou que a memória das pessoas, principalmente das mais velhas, pode se beneficiar mais de desenhos do que de anotações convencionais.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 17 dez 2024, 11h28 - Publicado em 12 dez 2024, 13h59
Foto aproximada de um homem escrevendo.
 (Richard Drury/Getty Images)
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Mesmo que você não seja lá um grande artista, desenhar pode ser bom para sua memória. Pesquisadores da Universidade de Waterloo descobriram que desenhar é um método mais eficaz para reter informações do que reescrever anotações, exercícios de visualização ou olhar imagens passivamente.

“Descobrimos que desenhar melhorou a memória em adultos mais velhos mais do que outras técnicas de estudo conhecidas”, disse Melissa Meade, principal autora da pesquisa. “Estamos encorajados por esses resultados e procurando maneiras de usá-lo para ajudar pessoas com demência, que experimentam declínios rápidos na memória e na função da linguagem.”

Como parte dos estudos, os pesquisadores pediram que os participantes seguissem uma variedade de técnicas de codificação de memória. Em seguida, eles testaram sua capacidade de recordação. 

Os cientistas acreditam que desenhar seja uma opção melhor para a memória quando comparada a outras técnicas de estudo porque ela incorpora várias maneiras de representar a informação — visual, espacial, verbal, semântica e motora.

“Desenhar melhora a memória em uma variedade de tarefas e indivíduos, e a simplicidade da estratégia significa que ela pode ser usada em muitos cenários”, disse Myra Fernandes, autora assistente do estudo.

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Os pesquisadores compararam diferentes estratégias para auxiliar na retenção de um conjunto de palavras. Os participantes escolhidos eram estudantes de graduação ou idosos. Eles deveriam codificariam cada palavra com uma de três técnicas: escrever, desenhar ou listar atributos relacionados a ela. 

Mais tarde, após realizar cada tarefa, a memória de cada um foi avaliada. Ambos os grupos mostraram melhor retenção quando usaram o desenho em vez da escrita para codificar as novas informações, e esse efeito foi especialmente presente em adultos mais velhos.

A retenção de novas informações geralmente diminui à medida que as pessoas envelhecem, devido à deterioração de estruturas cerebrais críticas envolvidas na memória, como o hipocampo e os lobos frontais. Em contraste, sabemos que as regiões de processamento visoespacial do cérebro, envolvidas na representação de imagens e figuras, estão principalmente intactas no envelhecimento normal e na demência. 

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“Achamos que o desenho é particularmente relevante para pessoas com demência porque faz melhor uso das regiões cerebrais que ainda estão preservadas e pode ajudar pessoas com comprometimento cognitivo com a função da memória”, afirma Meade. “Nossas descobertas têm implicações empolgantes para intervenções terapêuticas para ajudar pacientes com demência a manter memórias episódicas valiosas ao longo da progressão de sua doença”

O estudo completo pode ser acessado no periódico Experimental Aging and Research.

 

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