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De empresário a motorista de aplicativo: os relatos de uma terapia móvel

Depois de percorrer 160 000 km por São Paulo e transportar 11 000 pessoas, motorista de aplicativo escreve livro com as melhores histórias dos passageiros

Por Monique
Atualizado em 19 dez 2019, 14h17 - Publicado em 12 out 2019, 06h00
Paulo Maia, de 62 anos: depois de fechar pizzaria tradicional em São Paulo, ele virou motorista de aplicativo e, agora, escritor |  (Germano Lüders/VOCÊ S/A)
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Durante pelo menos três semanas, Paulo Maia, de 62 anos, recebia a mesma mulher em seu carro. Ela transportava uma sacola de feira lotada de um conteúdo que o motorista não conseguia identificar e a levava para comunidades da região do Morumbi, na capital paulista.

A curiosidade sobre o que tinha naquela bolsa consumia Paulo. Até que, um dia, ele resolveu perguntar. Dona Marina, sua passageira, explicou que eram ervas medicinais para ajudar a população mais pobre a diminuir as dores.

Paulo ficou emocionado e percebeu que essa era uma das muitas histórias que passavam por seu carro todos os dias. Há dois anos dirigindo pelas ruas de São Paulo, a vida profissional do motorista já teve várias reviravoltas.

Formado em jornalismo, morou no exterior durante 20 anos, passando por países como Tailândia, China, Japão, Rússia e Itália, onde se profissionalizou em cinema. “Meu interesse sempre foram as histórias, as paixões, a trajetória das pessoas.”

Aos 38 anos, de volta ao Brasil, ele resolveu empreender e abriu a pizzaria Mercatto, em São Paulo, que funcionou de 1998 a 2018. No ano passado, a crise econômica afetou os negócios e ele teve de fechar o restaurante.

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Desempregado, a solução foi usar o carro para ganhar dinheiro. Assim, inscreveu-se no Cabify. Nessa função, Paulo já percorreu 160 000 quilômetros e transportou mais de 11 000 pessoas — e nunca deixou sua faceta jornalística de lado. Tanto que resolveu transformar os depoimentos dos passageiros em livro.

A obra, batizada de No Divã do Táxi Driver, foi lançada com patrocínio do próprio Cabify, que doará parte do valor arrecadado com as vendas ao Instituto Ayrton Senna. “São histórias boas demais para não serem contadas.”

 

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