Cesta de três: conheça o escritório da NBA no Brasil
Quem trabalha no escritório da NBA no Brasil tem, como missão, fazer o país do futebol se empolgar com enterradas e arremessos
SÃO PAULO – No dia 16 de junho, os americanos estavam como os brasileiros em final de Libertadores da América: colados na televisão. Isso porque acontecia o duelo final entre Golden State Warriors, do desconcertante Stephen Curry, eleito o melhor jogador da temporada regular, e Cleveland Cavaliers, de LeBron James, presente em sua sexta decisão de campeonato. No Brasil, na noite que consagrou os Warriors campeões, a audiência da ESPN (a única a transmitir o jogo) foi 74% maior do que a da final exibida em 2014 – aumento que superou as expectativas da emissora. Boa parte desse interesse pelas enterradas é resultado do trabalho feito pelo escritório da NBA no Brasil, que desembarcou no Rio de Janeiro em 2012 – e que hoje conta com nove funcionários e tem três vagas abertas. “Queremos ser o segundo esporte preferido dos brasileiros”, diz Arnon de Mello, diretor executivo da NBA no Brasil. O vôlei que se cuide. Para ter uma ideia, quando o escritório abriu, eram transmitidos dois jogos por semana. Agora são 17. Para conquistar novos fãs, os profissionais de marketing procuram parcerias com empresas locais que queiram comercializar produtos com a marca NBA. Além disso, eles estão investindo na revitalização de quadras. Por enquanto, três já foram reformadas em solo carioca e são usadas como oficinas e escolinhas de basquete e como palco de eventos gratuitos da NBA.
Mais jogos na TV
Quando o escritório da NBA abriu no Brasil, em 2012, dois jogos eram transmitidos por semana. Hoje, são 17. A responsável pelo aumento de transmissões é a Fernanda Dibo, de 30 anos, diretora de marketing e mídia da NBA. Ela também é co-responsável por trazer o terceiro jogo de pré-temporada para o Brasil. “Minha função é falar com um novo fã, atrai-lo para o basquete”, diz.
Dá uma licença
Para conquistar novos fãs, Sergio Perella, de 38 anos, diretor de licenciamento e varejo, procura empresas brasileiras que queiram fazer produtos usando a marca NBA. “Já temos uma fabricante de mochilas e vamos fechar com empresa que faz material escolar”, afirma. Sergio também cuida da loja online da NBA, em parceria com a Netshoes. “Crescemos 100% em cima do mesmo período do ano passado”, diz. Até as Olimpíadas, os planos são de abrir duas lojas-experiência no Brasil, em São Paulo e Rio, com telões e interatividade para os clientes.
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Dentro da quadra
Tudo que está relacionado ao jogo é responsabilidade de Daniel Soares, ex-jogador de basquete e gerente de operações da NBA, com 37 anos. Envolvido com os eventos, foi ele quem organizou o primeiro Camp da NBA no Brasil, que aconteceu entre os dias 30 de junho e 2 de julho. Nos mesmos moldes dos acampamentos de férias de escolas de futebol, crianças de 10 a 16 anos passaram 3 dias “vivendo” a NBA no Clube Pinheiros, em São Paulo.
O coach
O escritório brasileiro da NBA é chefiado por Arnon de Mello, de 39 anos. Filho do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello ele nunca se interessou pela política e começou a se aproximar da NBA leu uma matéria com diretores falando do interesse no Brasil – Arnon que os procurou. “A sede percebeu a importância do Brasil. Este ano começamos a temporada com sete brasileiros em times da NBA e um deles será campeão”, diz.