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Adeus, vida executiva! Meu negócio é doutorado

O engenheiro Fernando Teixeira está feliz da vida depois de superar as questões de carreira que o levaram a pedir demissão da Souza Cruz, no mesmo ano em que foi promovido a executivo no escritório de Londres

Por zeeduardo20
Atualizado em 17 dez 2019, 15h29 - Publicado em 24 jul 2014, 13h38

Questão de carreira

Aos 28 anos, o engenheiro carioca Fernando Teixeira, hoje com 52, foi contratado para a área financeira da Souza Cruz, companhia do grupo British American Tobacco.

Pela empresa, teve a oportunidade de trabalhar no Uruguai, na Inglaterra e em Cuba. De volta ao Brasil em 2007, assumiu a diretoria de RH. Em 2011, Fernando recebeu proposta para assumir uma posição executiva em Londres. Veio então o dilema: aceitar a promoção ou interromper a trajetória profissional para cuidar de outros interesses e da família?

O dilema

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“Havia muito incentivo para que eu fosse para Londres. Além do pacote de benefícios de expatriado, a remuneração era bastante atraente. Eu assumiria uma posição nova e voltaria para a área financeira, de que gosto muito. Por outro lado, já havia passado pela experiência de viver fora do país.

Casei novamente há cinco anos e tenho um filho de 2 anos do novo casamento. Não quis sacrificar a relação com meus filhos que ficariam no Brasil. Minha decisão também acarretaria mudanças para minha mulher, que é executiva na Fundação Roberto Marinho. Além disso, há algum tempo vinha pensando em voltar a estudar. Fiquei um ano com isso tudo rodando em minha cabeça.”

A decisão

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“Consultei vários colegas, fiz muitas contas. Queria ter certeza de que minha decisão não prejudicaria minha aposentadoria. Tenho um bom plano de previdência há 30 anos. Isso foi fundamental para me sentir tranquilo. O apoio da família também. Comuniquei minha decisão de sair em novembro de 2012.

O ano passado foi de preparação. Na empresa, fomos buscar um sucessor. A Souza Cruz optou por uma promoção interna, e eu acompanhei a executiva (Katia Porto) até dezembro. Decidi fazer um doutorado no Coppead (instituto de pós-graduação e pesquisa em administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Tive de apresentar um projeto de pesquisa, fazer prova de seleção, conseguir atestado de proficiência em inglês. Deu tudo certo. Neste mês começo uma nova fase da minha vida. Estou muito feliz.” 

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