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5 habilidades que você precisa ter para alcançar a diretoria de marketing

A diretora de marketing global da Johnson & Johnson listou as cinco características mais importantes para quem quer chegar no topo

Por Por Mariana Amaro
Atualizado em 17 dez 2019, 15h26 - Publicado em 21 out 2015, 10h33

São Paulo – “Em cinco anos, os diretores de marketing nas empresas vão precisar trabalhar quase como videntes”. 

A frase acima foi dita por quem entende do negócio: Gabriela Onofre, 41 anos, diretora de marketing global da J&J. Ela explicou, em entrevista à VOCÊ S/A, por que é necessário “prever” o futuro e contou sobre outras quatro habilidades que ela considera necessárias para alcançar esse posto em uma grande empresa. 

Capacidade de liderança

“Tem que ter cabeça de dono do negócio”, explica Gabriela. “Você tem que chegar na área e pensar que essa é a sua lojinha e para onde você quer direcioná-la”, comenta. Segundo Gabriela, liderar inclui desenvolver as pessoas que trabalham com você, saber delegar e conhecer o que cada um da equipe faz de melhor. 

Ser adaptável

“Nem tudo o que o consumidor compra hoje, vai entrar na lista de compras dos próximos cinco anos”, explica Gabriela. Para ela, trabalhar em marketing em uma empresa de bens de consumo, é trabalhar diretamente com o consumidor, indo, inclusive, visitar pontos de venda e conversar com os clientes. “Eles mudam de ideia toda hora, as empresas também precisam mudar – e rápido, para não perder os clientes”, diz. 

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Estar conectado

Nas empresas multinacionais, é comum que um chefe esteja em outra cidade – ou outro país. “É importante saber criar relações sem estar necessariamente próximo fisicamente. Por isso, estar conectado é tão importante. Responder emails rapidamente – mesmo que seja só para avisar que você está ciente do problema, por exemplo, já ajuda”, comenta. Estar conectado também ajuda a receber as respostas imediatas dos consumidores e mudar os rumos de uma campanha ou um produto, se for necessário. 

Um lado analista

A quantidade de informações disponível hoje pode ajudar ou atrapalhar os profissionais da área. “Quem souber transformar todos esses dados que coletamos dos nossos consumidores em uma leitura de mercado vai conseguir trabalhar quase como um vidente. Prevendo o que as pessoas vão querer consumir e como”, explica Gabriela. “Por outro lado, sem uma análise correta, todos esses números só vão servir para deixar as pessoas mais ansiosas”, analisa Gabriela. Na P&G, grande parte do time de marketing é formado por engenheiros, que já tem esse lado analista bem desenvolvido. “Quem não tem familiaridade nenhuma com big data e quer trabalhar em uma grande empresa na área de marketing, meu conselho é aprenda a trabalhar com números e tabelas”. 

Colaborador

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“As decisões são cada vez mais multifuncionais”, explica Gabriela. “O lançamento de um produto novo, por exemplo, envolve todas as áreas da companhia: desde o financeiro, para saber se ele é viável, até o logístico, para saber se é possível entregá-lo”, comenta. No novo escritório da P&G em São Paulo, as baias são livres e qualquer profissional pode sentar onde quiser. “Em um espaço aberto, a informação corre mais fácil e a colaboração entre áreas aparece de maneira mais natural”, explica. “Saber trabalhar com equipes multifuncionais será cada vez mais crucial nas corporações”, diz. 

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