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RendA+ atrai 20 mil brasileiros no primeiro mês; veja quem mais investiu

Juro real de 6,5% por até 62 anos oferecido no novo título público turbina a aposentadoria. Saiba como aproveitar.

Por Júlia Moura, Tássia Kastner
Atualizado em 21 out 2024, 10h39 - Publicado em 7 mar 2023, 16h15
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 (Brenda Rocha Blossom/Getty Images)
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No primeiro mês à venda, o título público Tesouro RendA+, criado sob medida para complementar a renda da aposentadoria, atraiu 20,4 mil brasileiros – 8,8 mil deles são pessoas entre 40 e 59 anos, o público que está mais perto de deixar o mercado de trabalho.

Eles não foram a maioria em número de compras – o público entre 25 e 39 anos somou 9,8 mil pessoas. O lance é que a faixa de idade mais alta fez aportes mais robustos e ficou com 65% do valor negociado. Dos R$ 189 milhões investidos em RendA+ neste primeiro mês, R$ 122,85 milhões foram de quem está mais próximo da aposentadoria. Numa conta de padaria, é como se cada um deles tivesse colocado R$ 14 mil no novo título. O aporte médio no geral, segundo dados do Tesouro Nacional, foi de R$ 420 – o valor mínimo é de R$ 30.

O público 40+ é a fatia da população com mais renda acumulada, o que ajuda a explicar a maior participação nos investimentos. Só que como o novo título funciona também pode ser uma razão. O Tesouro RendA+ tem remuneração semelhante à do tradicional Tesouro IPCA+ – a mudança é no prazo de vencimento.

No Tesouro IPCA+, você sabe, o dinheiro pinga na sua conta bancária no ano combinado, todo de uma vez só. Pode ser em 2035, pode ser em 2045 – depende do título comprado. No Tesouro RendA+, o investidor tem 240 vencimentos ao longo de 20 anos (um por mês, todo dia 15). Assim, ele simula o pagamento mensal de uma aposentadoria.

Os títulos à venda hoje são os Tesouro RendA+ 2030, 2035, 2040… até 2065. O ano corresponde ao primeiro vencimento, ou seja, ao primeiro depósito da renda extra mensal. Dali em diante, serão 239 pagamentos. O vencimento real é outro: se você comprar um RendA+ 2065, ele pagará juros até dezembro de 2084 (20 anos cheios além da data de conversão). O período total do investimento, neste caso, é 62 anos. E o dinheiro continua a render mesmo durante os saques.

Outro fenômeno curioso do novo título é o seguinte: ele foi desenhado pensando para o planejamento de uma aposentadoria que vai ocorrer em décadas, mas o maior volume de aportes (R$ 80,3 milhões) foi em papéis que começam a pagar benefícios daqui sete anos, em 2030. Algo compatível com o público que está mais perto da aposentadoria.

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O Tesouro RendA+ foi lançado num período de juros reais estratosféricos, por volta de 6,5% ao ano – o que equivale a ligar o modo turbo nos investimentos, especialmente para quem está com pouco tempo para acumular renda.

Quem começar a poupar agora com títulos de longo prazo e juros altos tende a garantir uma boa renda no futuro. Colocando R$ 20 mil no 2065 hoje, garante-se uma aposentadoria de R$ 2 mil (em dinheiro de hoje), sem realizar novos aportes.

No recorte por gênero, 68% dos títulos foram adquiridos por homens e 32% por mulheres, o que também replica o mundo dos outros investimentos. 

As vendas do novo título responderam por 11% da demanda total registrada no Tesouro Direto em fevereiro, que foi de R$ 1,73 bilhão.

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COMO INVESTIR

É possível comprar o RendA+ pela sua corretora ou pelo site do Tesouro Direto (www.tesourodireto.com.br), com o selo prata ou ouro no seu cadastro no portal Gov.br.

Valor mínimo do aporte

Cerca de R$ 30. Confira aqui.

Taxas

Se você mantiver o investimento até o fim: a taxa será zero para um resgate de aposentadoria mensal de até seis salários mínimos.

Se você resgatar:

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Antes de 10 anos: 0,50% ao ano, sobre o valor resgatado

Entre 10 e 20 anos: 0,20% ao ano

Acima de 20 anos: 0,10% ao ano 

Liquidez

Há carência de 60 dias após o investimento. Depois disso, é possível vender a qualquer momento no site do Tesouro Direto, mesmo após o início do recebimento da aposentadoria. Mas, atenção, os títulos podem se desvalorizar, e você corre o risco de perder dinheiro no resgate antecipado, da mesma forma que ocorre com o IPCA+.

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