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Conheça a Investo, uma gestora independente de ETFs

Cauê Mançanares conta como o negócio nasceu e quais fundos a sua empresa oferece.

Por Tássia Kastner
19 nov 2021, 04h32

Até este ano, investidores brasileiros mal conheciam ETFs (os fundos de índice). Nos EUA, porém, 25% dos poupadores têm uma parte de seu dinheiro nesses fundos. A gestora Investo surgiu para ampliar a oferta de ETFs no mercado brasileiro, na expectativa de atrair ainda mais pessoas para essa alternativa barata para diversificar investimentos. Aqui, Cauê Mançanares, fundador e CEO da fintech, conta como o negócio nasceu e quais produtos ela oferece.

1. Como surgiu a Investo?
Eu trabalhava no Banco Central, na área de supervisão de corretoras, e comecei a conhecer o mercado financeiro. Chegou um momento em que começaram a bater à nossa porta empresas inovadoras e que tinham tecnologia para trazer novos serviços. Vi como o Brasil estava se adaptando para permitir que as empresas tivessem um caminho de sucesso. Saindo dessa experiência, fui morar no Vale do Silício e trabalhei na área de investimento. Depois, fui fazer meu MBA em Harvard, e tive tempo de pensar em novas ideias. Lá, vi que bem mais americanos investem via ETFs, porque é um veículo eficiente, transparente e fácil de acompanhar. Daí veio a epifania para criar a Investo. Levantamos R$ 15 milhões em junho para acelerar o plano de negócios.

2. Quais são os produtos da empresa?
São três ETFs. Um é o USTK11, com mais de 350 empresas de tech nos EUA. Ele compra o ETF da Vanguard (o Vanguard Information Technology). Outros são o WRLD11, que replica um ETF global da Vanguard, e o ALUG11, que investe no mercado imobiliário americano. O investidor ganha em eficiência, porque não paga spread de câmbio para investir lá fora nem IOF – ele não tem que mandar dinheiro para lá. Também temos o plano de criar ETFs de índices inéditos.

3. Hoje grandes bancos e corretoras lançam seus próprios ETFs no Brasil. Como competir?
Vemos menos concorrência e mais um desbravamento de mercado. Os ETFs representam 0,60% do mercado de fundos no Brasil. Nos EUA, é 25%. Tem muito espaço para crescer. Como a Investo é uma startup, a gente não tem o poder de convencimento que agentes autônomos e gerentes têm. Precisamos nos diferenciar pela eficiência operacional e pela qualidade dos produtos.

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