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Esta promotora combate a violência doméstica durante a quarentena

Criado pela promotora de Justiça Gabriela Manssur, o projeto Justiceiras presta auxílio online e gratuito para mulheres vítimas de violência na pandemia

Por Luciana Lima
Atualizado em 18 jul 2020, 07h00 - Publicado em 18 jul 2020, 07h00

Matéria originalmente publicada na Revista VOCÊ S/A, edição 265, em 19 de junho de 2020. 

O isolamento social, o desemprego e o estresse impostos pelo coronavírus resultaram em um aumento no número de vítimas de violência doméstica durante a pandemia. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os feminicídios dispararam em quatro estados do país (São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Acre). Apenas no distrito paulista, o índice cresceu 46% em março e duplicou em abril. Enquanto isso, a quantidade de denúncias formais, que em geral exigem a presença da vítima, despencou. Para combater essa realidade, em março a promotora Gabriela Manssur, conhecida pelo histórico de ações contra a violência doméstica, criou o projeto Justiceiras, rede de apoio para mulheres vítimas de abusos e agressões. Composto de 2.290 voluntárias, o Justiceiras presta suporte médico, jurídico, psicológico, assistencial e de acolhimento gratuito e online.

“Era preciso criar um canal que desse voz para as mulheres que estão confinadas e submetidas à violência”, afirma Gabriela. “Mesmo antes do coronavírus, muitas delas não conseguiam sair de casa para denunciar por razões como medo e dificuldades econômicas.” Presente em todos os estados, o projeto já atendeu cerca de 600 mulheres. Em 15% dos casos, as vítimas corriam sério risco de morte. “A pandemia não é a causa da violência de gênero, mas desnudou e potencializou comportamentos abusivos.”


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