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Da tecnologia para a gastronomia: uma reviravolta na carreira

Depois de 20 anos, profissional de tecnologia decide deixar a profissão e empreender na área de gastronomia com a confecção de massas

Por Mariana Poli
Atualizado em 20 jun 2020, 15h00 - Publicado em 20 jun 2020, 15h00
Alexandre Mesquita, de 48 anos, decidiu fazer da produção de macarrão, até então um hobby, sua nova profissão | (Foto: Divulgação/Você S/A)
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Matéria originalmente publicada na Revista VOCÊ S/A, edição 263, em 08 de abril de 2020. 

Depois de passar duas décadas na área de tecnologia, Alexandre Mesquita, de 48 anos, decidiu fazer da produção de macarrão, até então um hobby, sua nova profissão. Formado em análise de sistemas, ele passou por empresas como Embratel, Telemar, Oi e TV Globo. “Sempre quis empreender, mas, no corre-corre, fui deixando esse desejo para trás”, diz.

Cansado do ritmo frenético e das mudanças constantes de cargo, em 2017, Alexandre entendeu que era hora de se reinventar. “Não tinha horário para nada, virava noites e trabalhava aos fins de semana.” Com uma boa reserva financeira, em 2018, ele fundou no bairro do Leblon, Rio de Janeiro, a loja de massas artesanais Italioca. “Antes de abrir, li muito, fiz cursos, visitei inúmeras fábricas e estagiei na rotisserie de um italiano em Liverpool, na Inglaterra.”

Seu pastifício oferece massas congeladas e serve piatti pronti, pratos prontos que saem do forno direto para a casa do cliente. Com mais de 50 combinações no cardápio, como o sorrentino de mozzarella de búfala e o agnolotti de ragu de pato, Alexandre vende 150 quilos de produtos por semana.

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Mesmo no azul, ele diz que é preciso criatividade para se manter relevante nesse mercado. “Estamos sempre inventando coisas novas. Fazemos oficinas de massas frescas e recheadas e, em aniversários para a molecada, de pizza. Também atendemos os públicos fitness e vegano e trabalhamos sob encomenda.”

Essa liberdade para mexer no negócio, aliás, o motiva. “Numa grande empresa, há pouca autonomia para inovar.” Se em sua última experiência profissional Alexandre lidava com 50 pessoas, agora o time é pequeno: três funcionários para tocar a fábrica e as duas na loja. E, mesmo com uma jornada diária que ultrapassa 12 horas, afirma estar realizado. “Faço a compra dos ingredientes, preparo as massas e dou cobertura na loja. Ainda assim, consigo buscar meu filho na escola, ir ao cinema com ele, lanchar e voltar ao trabalho. Sei que não ficarei rico, mas essa flexibilidade não tem preço.”


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