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Conheça a Meu Dividendo, que antecipa o pagamento de proventos

A empresa calcula que o prazo para a remuneração de dividendos na bolsa tem sido superior a 70 dias úteis. Ela busca oferecer uma alternativa para investidores que têm pressa.

Por Camila Barros
11 out 2023, 06h12

Existe um intervalo entre o dia em que uma empresa anuncia a distribuição de dividendos e o momento em que a grana cai na conta dos investidores. Tipo: no início de agosto, a Petrobras anunciou o pagamento de R$ 1,15 por ação. Terão direito à remuneração todos os investidores que compraram ações PETR3 ou PETR4 até o dia 21 daquele mês. Mas o pagamento só vai rolar no fim do ano, em duas parcelas – uma em novembro, outra em dezembro.

A Meu Dividendo calcula que, entre as pagadoras de dividendo da bolsa em 2023, o delay até a remuneração tem sido superior a 70 dias úteis. A empresa nasceu para atender investidores que têm pressa: ela antecipa os pagamentos desses proventos. O app, disponível na App Store e Google Play, foi ao ar no início deste ano e hoje tem 3 mil usuários ativos. 

Conversamos com Wendell Finotti, fundador e CEO da empresa, para entender como funciona o negócio. 

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1- O que a empresa faz?

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Nós fazemos a antecipação de proventos – que englobam tanto dividendos quanto Juros sobre Capital Próprio (JCP) – para investidores da bolsa. O cliente faz o adiantamento com a gente e nós cobramos uma taxa de deságio por isso. Aí ele tem esse dinheiro à disposição para poder usar hoje, não no futuro. 

[No dia em que a empresa efetua o pagamento do dividendo], o valor cai na conta da corretora do cliente normalmente. Emitimos um boleto com data de vencimento para o mesmo dia. Então ele pega o dinheiro do dividendo e faz o pagamento do nosso boleto. 

2- Qual é a fonte de receita de vocês? 

Hoje nossa receita vem exclusivamente das taxas de antecipação. Ela varia de acordo com o valor e o prazo até o pagamento [da empresa]. Costuma ficar entre 2% e 2,5% do valor total dos dividendos antecipados.

3- Quem é o público-alvo?

Investidores que não querem deixar esse dinheiro [dos dividendos] parado, sem reajuste. Quem quer buscar uma oportunidade de investimento mais interessante sem ter que colocar dinheiro novo ali no seu ecossistema de investimento.

[A ideia do negócio] veio de uma necessidade minha como investidor. Durante a pandemia, surgiram grandes oportunidades de investimento, só que eu não queria colocar mais dinheiro ali naquele meu ambiente de bolsa. Vi que eu tinha uns dividendos para receber e falei “poxa, como que eu faço para usar isso?”. Não existia essa possibilidade de usar esse dividendo antecipadamente. Então pensei: se isso era uma dor minha enquanto investidor, também poderia acontecer com outros investidores. 

Hoje, nosso maior volume de clientes está na faixa de 20 a 30 anos – apesar de o maior volume de negócios vir de pessoas mais velhas. 

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