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10 dicas para o seu comércio virtual ter sucesso

Empreendedores estão cada vez mais atraídos pelo e-commerce. Veja como acertar na estratégia para conseguir faturar com sua loja virtual

Por Izabel Duva Rapoport
Atualizado em 17 dez 2019, 15h17 - Publicado em 26 jul 2017, 05h00
Isabela Piva, Olívia Jock e Luisa Jock, sócias da loja virtual Casaquetem. (André Lessa/VOCÊ S/A)
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Com o desemprego nas alturas, a internet se tornou uma alternativa para quem está sem trabalho ou precisa complementar a renda. Sinal disso é que, entre setembro e dezembro do ano passado, o número de brasileiros vendendo produtos dentro de market­places — páginas da internet que comercializam itens de vários fornecedores — cresceu 24%. O aumento foi detectado em levantamento feito pela Precifica, empresa de software para monitoramento de preços em e-commerces, em parceria com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.

Um dos principais atrativos para quem ingressa nessa modalidade de comércio são os baixos riscos, já que a venda de produtos online não exige espaço físico nem um grande capital inicial. Em 2017, o comércio eletrônico deverá faturar 49,7 bilhões de reais, 12% acima de 2016, segundo estudo da Ebit, que acompanha a evolução do varejo digital no país.

Mas o cenário favorável e as facilidades que essas plataformas digitais oferecem têm acirrado a competição entre as lojas virtuais. Para não desaparecer na rede é necessário planejamento, de modo a elevar o tráfego e aumentar o faturamento de sua loja virtual. “Não é preciso ter uma estratégia complexa, mas criar ações assertivas que chamem a atenção de pessoas com tendência a se interessar pelo seu negócio”, diz Cris Bartis, especialista em plataformas digitais, de São Paulo.

Nesta reportagem, você encontra uma série de dicas sobre como fazer isso. Desta vez, seu e-commerce vai deslanchar.

1. Construa uma marca

“Para driblar a concorrência, uma loja precisa batalhar pelo laço afetivo do consumidor, enriquecendo sua experiência de compra”, diz Isabelle Mascetti, consultora de marca para empresas, de São Paulo. não basta comercializar produtos. é essencial criar uma relação entre a marca e o cliente.

Existem algumas formas de pôr isso em prática. “No comércio eletrônico, o varejista tem dados do cliente para customizar ações. Recados informativos, tutoriais e um excelente canal de pós-vendas fazem toda a diferença”, afirma Gica Yabu, consultora de inovação em branding, de Fortaleza.

A identidade visual também é um fator importante e precisa ser coerente com a imagem que se quer passar, com design interessante e cores que conversem com a proposta da loja. Mas não caia na armadilha de cuidar só da aparência. Muito mais importante do que ter um site bonito é que a página seja descomplicada e funcional.

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2. Seja ágil

No meio digital não há vendedor para esclarecer dúvidas pessoalmente nem a possibilidade de tocar ou experimentar o produto. Por isso, quando o consumidor opta por comprar pela internet, está priorizando o tempo, e a velocidade esperada é infinitamente maior.

Assim, a agilidade é um diferencial do e-commerce e deve acontecer em todas as etapas da experiência de consumo: na hora de encontrar os itens para a compra, no tempo de carregamento das páginas, no preenchimento do cadastro, na entrega da compra e nas respostas dadas ao cliente. “Quem tem comércio eletrônico deve estar atento a isso, pois o cliente não precisa nem atravessar a rua para mudar de ideia: ele está a um clique do concorrente”, diz Gica.

3. Esteja em um marketplace

Anos atrás, para empreender no universo virtual, era preciso ter um site. Hoje basta ter um produto. Isso graças ao marketplace, plataforma de venda online que divulga os artigos de vários lojistas, aumentando a visibilidade de seus produtos, reduzindo custos de criação e de manutenção de uma página própria e dando a chancela de uma marca maior aos pequenos comerciantes.

A Decohouse, loja de decoração online, é uma das que se valem dessa estratégia para atingir mais clientes. Além de site próprio, seus produtos são comercializados em quatro grandes marketplaces, como Mobly e Dafiti. “O objetivo é aumentar o leque de oportunidades de venda”, afirma o proprietário da Decohouse, André Fernando Zucatti.

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O Elo7, famoso marketplace de produtos artesanais, dá a medida da popularização desse modelo de negócios. “Em 2016, foram 35 000 novos vendedores em nossa base e mais de 1 milhão de compradores”, diz Carlos Curioni, CEO do Elo7.

4. Aposste na segmentação

Ter um alvo definido é regra básica na hora de criar um produto e engajar o consumidor no ambiente virtual. “O segredo é procurar um problema em determinado nicho e oferecer a solução”, afirma Robson Galiás, diretor da agência Galiás, de Votuporanga (SP), especializada em comunicação de marca.

Se o seu negócio tem um foco, é mais fácil atrair os clientes certos. a apresentação da loja, com fotos e descrições detalhadas, além do constante aperfeiçoamento dos canais de atendimento, é chave para se destacar no mercado online. Participar de feiras e eventos do setor também é válido para encontrar fornecedores, parceiros e descobrir novos produtos, adequados à demanda de seus clientes.

5. Busque se profissionalizar

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Segundo Flávia Marcon, gerente de marketplace do Mercado Livre, maior empresa de tecnologia para comércio eletrônico da América Latina, os pontos mais críticos para os vendedores digitais iniciantes costumam ser o controle financeiro e o de estoque. “Essas partes, quando não caminham bem, podem comprometer todo o negócio”, diz a executiva. por isso, a companhia tem oferecido programas para ajudar vendedores amadores.

Além da Universidade Mercado Livre, gratuita e online para todas as pessoas que têm cadastro de usuário na plataforma, a empresa promove eventos presenciais, pagos, realizados regionalmente ao longo do ano. “Disponibilizamos uma série de ferramentas de educação e de gestão com as informações necessárias para que qualquer empreendedor comece a vender na internet e se profissionalize rapidamente”, diz Flávia.

Na internet é possível encontrar outros cursos, como os da Universidade do E-Commerce, plataforma de cursos gratuitos e online para quem pretende atuar no ambiente digital.

6. Cuide das redes sociais

O especialista em e-commerce Bruno de Oliveira, do Rio de Janeiro, aconselha a realizar campanhas e divulgar imagens e conteúdos relacionados ao seu negócio em redes sociais, como Facebook e Instagram. “Além de canais de audiência e de atendimento, elas são ferramentas para concretizar vendas”, diz.

No Facebook, os usuários costumam ler os comentários com a avaliação de outros internautas para decidir ou não pela compra. “Por isso, vale a pena dedicar tempo para atender prontamente os clientes, esclarecendo dúvidas e oferecendo soluções”, afirma Bruno. No Instagram, um dos segredos é trabalhar o aspecto mais forte da rede, a estética.

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Capriche nas fotos, que devem ter alta qualidade, boa resolução e enquadramento adequado. Outro cuidado é com a imagem do perfil. Na internet, ela substitui o cartão de visita do mundo físico. É fundamental passar uma ótima primeira impressão ao consumidor.

7. Anuncie online

No marketing digital há os chamados “ads”, que nada mais são do que anúncios online. Facebook Ads e Google AdWords são os principais canais para investir atualmente graças à abrangência, aos resultados e aos recursos que oferecem. A grande vantagem do Google AdWords é que os clientes só encontram produtos e serviços quando estão, de fato, procurando por eles.

Já o ponto forte do Facebook Ads é a segmentação do público. Bruno de Oliveira cita como exemplo a ferramenta Facebook Audience Insights, que ajuda a descobrir características bem específicas dos clientes em potencial. “Se você vende um produto atrelado a uma necessidade, recomendo o Adwords. Porém, se for mais conectado a um desejo, o Facebook Ads é mais indicado”, afirma. Há cursos gratuitos para facilitar o entendimento de ambas as ferramentas.

Sobre o Google Adwords, as aulas são disponibilizadas pela Alison, plataforma de ensino global. Já para entender de Facebook Ads, basta procurar pelo perfil “Facebook para Empresas”, na rede social.

8. Ative o WhatsApp

Com mais de 100 milhões de usuários no Brasil, o Whatsapp é um canal que demanda dedicação, pois é capaz de impulsionar as vendas. hoje, ter um número de celular disponível para comunicação é ponto pacífico.

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De acordo com os especialistas em vendas digitais, o primeiro contato de um cliente via Whatsapp para esclarecer uma dúvida pode evoluir facilmente para uma troca de mensagens que resulte em venda.

O aplicativo deve ser usado ainda para divulgar fotos de novidades, anunciar descontos e promoções e até mesmo realizar negociações de maneira eficiente. Tudo isso aproxima os clientes.

9. Conquiste influenciadores

Identificar e ativar influenciadores digitais que possam aumentar a visibilidade de sua marca é fundamental. Mas isso requer uma pesquisa minuciosa para descobrir quem são as pessoas na internet que vão, de fato, influenciar nas decisões de compra dos consumidores.

Algumas empresas, como a sueco-holandesa Multiplataform Network, com mais de 500 influenciadores digitais brasileiros, já se especializaram nessa curadoria. Youtubers e blogueiros são ótimas fontes de audiência. “Sempre que um influenciador fala de nossa marca, as visitas ao site aumentam”, afirma Isabela Piva, sócia da loja virtual de decoração Casaquetem. Como custa caro contratar com exclusividade uma celebridade da internet como garoto-propaganda, a melhor maneira de marcas iniciantes conquistarem influenciadores é por meio de posts publicitários, quando se envia um produto (ou se paga uma quantia) para que a personalidade digital o use e comente em seus canais.

Outra opção é buscar parcerias com produtores de programas de YouTube ou de TV por assinatura, menores e mais acessíveis. A loja Casaquetem empresta peças para compor a cenografia de programas como Decora e Mais Cor Por Favor, ambos do Canal GNT.

10. Faça promoções

Campanhas promocionais são uma tática valiosa para atrair clientes no meio digital. “Utilizamos o calendário do varejo para definir promoções ou ações limitadas”, afirma Rosemarie Yumi Yonekawa, sócia-proprietária da Decohouse. Para ela, a principal data para o e-commerce é a Black Friday, última sexta-feira de novembro, dia em que muitas lojas fazem grandes liquidações. “Nesses casos, selecionamos produtos em destaque e outros que estão com pouco giro. Todos acabam gerando interesse nos clientes.” Oferecer descontos na primeira compra e frete grátis acima de certo valor também são boas estratégias.

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