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$hake it off: como Taylor Swift tem chacoalhado a economia com sua turnê

O sucesso da The Eras Tour adicionou US$ 4,3 bilhões ao PIB americano, e tem impulsionado a receita de empresas envolvidas na carreira da cantora.

Por Camila Barros
10 nov 2023, 05h58

Há mais de uma década, Taylor Swift é um fenômeno de popularidade e sucesso financeiro na cultura pop. Mas em 2023 sua influência transbordou as barreiras da indústria do entretenimento: agora, ela é também um acontecimento macroeconômico. 

Um levantamento da Bloomberg estima que a The Eras Tour, primeira turnê da cantora desde 2018, já adicionou US$ 4,3 bilhões ao PIB americano em 2023. É que, por onde passam, seus fãs dão um empurrãozinho a mais na economia local: na média, eles gastam perto de US$ 1.500 para assistir a uma apresentação – incluindo os custos de ingresso, hotel, voos e alimentação. Ao todo, a turnê já reuniu 3 milhões de espectadores. 

O estímulo econômico já é tão significativo que entrou no radar do Fed, o banco central americano. Em junho, o Livro Bege (relatório que descreve a situação econômica dos estados nos EUA) observou que a turnê impulsionou atipicamente as receitas dos hotéis na Filadélfia. 

O sucesso estrondoso de Taylor Swift também chegou aos cinemas. Nas telas desde outubro, o filme-concerto da Eras Tour ultrapassou US$ 100 milhões em vendas de ingressos uma semana antes de seu lançamento. Um recorde. 

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A grana de shows e bilheterias alçou Taylor ao título de bilionária, também de acordo com a Bloomberg. O cálculo considera o valor estimado de seu catálogo de músicas, suas cinco casas, ganhos com streaming, ingressos para shows e merchans. 

O sucesso também tem carregado nas costas as empresas de entretenimento envolvidas na carreira da artista. A gravadora Universal Music disse que as faixas da cantora ajudaram a impulsionar receita do terceiro trimestre. Nesse período, ela se tornou a primeira artista desde os Beatles a ter, ao mesmo tempo, músicas de três álbuns diferentes no Top 10.

No segundo trimestre, a Time for Fun, vendedora oficial dos ingressos da turnê, havia anunciado que o sucesso de vendas embalou o crescimento de seus lucros – 89% em relação ao ano anterior. 

A turnê ainda tem muito chão pela frente: iniciada em março de 2023, vai até novembro de 2024. Ao todo, serão 146 shows em 5 continentes. A expectativa é de que as performances de Swift ao redor do mundo arrecadem US$ 1 bilhão. No Brasil, ela passará pelo Engenhão (RJ) e pelo Allianz Parque (SP) no final de novembro. A ver como a cantora vai chacoalhar as economias de Engenho de Dentro e da Barra Funda.  

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