Pix completa cinco anos e se consolida como método de pagamento mais utilizado no país
Desde seu lançamento até setembro de 2025, sistema já realizou 196,2 bilhões de transações e movimentou R$ 84,9 trilhões.
Neste domingo (16), o Pix completou cinco anos de operação. O aniversário veio próximo a outro marco: o meio de pagamento está prestes a ultrapassar o total de sete bilhões de transações mensais pela primeira vez em outubro, e projeções sinalizam que ele pode bater 7,9 bilhões em dezembro. Impulsionada pelas compras de fim de ano, a alta é de 15% em relação ao mês de setembro, quando foi divulgado o último dado oficial.
Com esse crescimento, o volume transacionado pelo Pix chegará a R$ 35,3 trilhões em 2025, um salto de 34% em relação ao ano anterior. Nem mesmo o UPI da Índia, sistema no qual o Pix foi inspirado, alcançou essa marca tão depressa: para se aproximar dos 8 bilhões, a plataforma indiana levou seis anos e oito meses.
As projeções fazem parte de uma análise inédita do EBANX baseada em dados públicos do Banco Central do Brasil (BC) e da Corporação Nacional de Pagamentos da Índia (NPCI).
“O Pix demonstrou ao longo desses cinco anos o enorme impacto que os pagamentos digitais têm na inclusão financeira e no desenvolvimento econômico de um país”, afirma João Del Valle, CEO e Cofundador do EBANX. “É fácil de usar, gratuito, seguro, instantâneo, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana e, principalmente, acessível a todos. É por isso que se tornou o método de pagamento mais usado no país e a porta de entrada de milhares de pessoas para a economia digital”.
Enquanto 60 milhões de brasileiros não possuem cartão de crédito, mais de 170 milhões são adeptos do Pix, que alcança 93% da população adulta, de acordo com análise do EBANX com dados do BC e do IBGE. Desde seu lançamento até setembro de 2025, o sistema já realizou 196,2 bilhões de transações, que movimentaram R$ 84,9 trilhões, mais de sete vezes o PIB anual brasileiro em 2024.
Empresas globais parceiras do EBANX que oferecem o Pix como opção de pagamento registraram um aumento médio de 16% na receita e um crescimento de 25% na base de clientes em apenas seis meses. “Isso mostra como sistemas de pagamento em tempo real podem impulsionar o crescimento econômico ao tornar transações financeiras mais eficientes e acessíveis”, avalia o CEO.
O céu é o limite
Com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 202% ao longo dos cinco anos de operação, o Pix ainda tem espaço para avançar. O novo impulso vem de funcionalidades como o Pix Automático. Lançado em junho, o recurso permite pagamentos recorrentes e beneficia diretamente a parcela de brasileiros que não possui cartão de crédito.
O impacto também já é percebido pelas empresas de e-commerce parceiras do EBANX. Dados internos inéditos indicam que, no momento da primeira compra, 74% dos novos clientes dessas empresas utilizaram o Pix Automático. “Antes do Pix, esses consumidores estavam excluídos da economia digital. Agora, eles têm acesso a produtos e serviços que eram restritos a portadores de cartão. Essa mudança está remodelando o cenário de consumo do Brasil e provando que inclusão financeira não é apenas uma boa política, é um bom negócio”, explica Del Valle.
Mudança de comportamento
Nessa meia década de Pix, o modo como os brasileiros utilizam o meio mudou. Em seu primeiro ano, 73% de todas as transações eram entre pessoas físicas (P2P). Mas, à medida que as empresas identificaram as vantagens da plataforma e começaram a disponibilizá-la aos clientes, as operações de pessoas para empresas (P2B) cresceram consideravelmente.
Em setembro desse ano, o volume superou o P2P pela primeira vez, por uma margem acima de 600 mil transações. E a diferença aumentou em outubro, quando atingiu quase 4 milhões de transações a mais. Atualmente, o P2B já representa 44% do total, em comparação com 43% do P2P. O EBANX projeta que a diferença continuará se expandindo, com P2B atingindo em torno de 48% até agosto de 2026, antes do sexto aniversário do Pix.
Perfil dos usuários
A análise também traçou um perfil dos brasileiros que mais usaram a ferramenta nestes cinco anos. Mais da metade (51,6%) das operações foi feita por pessoas com idades entre 20 e 39 anos. Em questão regional, o Sudeste lidera com 42,8% das transações, seguido pelo Nordeste (26,6%), Sul (12,3%), Norte (9,7%) e Centro-Oeste (8,6%).
Nos estados, o top 5 é formado por São Paulo (23,8%), Rio de Janeiro (8,8%), Minas Gerais (8,3%), Bahia (7,1%) e Paraná (5%). Na outra ponta, as duas unidades da federação que fizeram menos transações no período foram Roraima e Acre (0,4% cada). No ranking das cidades, a capital paulista lidera, com 20%. Rio de Janeiro (9%), Salvador (4,7%), Manaus (4,4%) e Brasília (4,2%) vêm logo atrás.
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