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Brasil tem o 2º menor salário mínimo entre grandes economias

Na lista da OCDE, ficamos na frente só do México. Veja o ranking.

Por Bruno Carbinatto
11 nov 2022, 06h01

Já dizia o professor Raimundo…

O salário mínimo brasileiro é o segundo menor entre 31 países, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). A lista inclui a maioria dos membros da organização (em boa parte países desenvolvidos), mais Brasil e Rússia, que não fazem parte da OCDE.

O Brasil amargou na penúltima posição do ranking, com um salário mínimo anual de US$ 5.216. Só ficou na frente do México, onde o mínimo remunera US$ 3.323 por ano. A Rússia paga mais, com US$ 5.648. No topo da lista, não há surpresas: países ricos lideram (veja abaixo).

Os dados utilizados para os cálculos são de 2021, quando o salário mínimo brasileiro era de R$ 1.100 – no ano corrente, o valor já foi reajustado para R$ 1.212. Para a comparação entre países, os respectivos salários mínimos foram todos convertidos para dólar e depois ajustados de acordo com o poder de compra de cada país (método conhecido como “paridade do
poder de compra”, ou PPP na sigla em inglês). Significa o seguinte: eles não levam em conta só o valor do salário em si, mas também o quanto aquilo pode pagar em produtos e serviços nos respectivos países.

Como o custo de vida no Brasil é menor do que na Austrália ou na Holanda, por exemplo, o cálculo “puxa” para cima o valor do salário mínimo daqui – idem para Rússia, Colômbia, México…

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Bom, mesmo em comparação com economias mais parecidas com a nossa, o Brasil come poeira no ranking. Na Colômbia, por exemplo, o salário mínimo anual ajustado pela PPP é de US$ 8.114; no Chile, de US$ 8.375 (e olha que lá o custo de vida é mais alto que o nosso).

O salário mínimo voltou a ser centro das atenções na reta final das eleições. Lula, o vencedor, prometeu reajuste real, ou seja, acima da inflação. E isso de fato aconteceu em seus governos passados. Quando Lula assumiu pela primeira vez, em 2002, o salário mínimo era de R$ 200. Dá R$ 694 de hoje, corrigidos pela inflação. Em 2010, seu último ano de governo, o mínimo era de R$ 510. Dá R$ 1.025 de hoje. Ou seja, um reajuste real de 48%

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(Arte/VOCÊ S/A)
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