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Pandemia, crise, sobe desce da bolsa e juros baixos: como ganhar dinheiro?

É possível ter uma carteira de investimentos blindada em tempos de incerteza? Dois especialistas deram dicas para a VOCÊ S/A

Por Camila Pati
Atualizado em 14 jan 2021, 11h38 - Publicado em 4 ago 2020, 11h30

A premissa para uma carteira de investimentos com robustez o suficiente que a blinde dos sacolejos econômicos e pandêmicos neste estranho 2020 é diversificação.

Mas o que significa uma carteira de investimentos? “Carteira é a composição de tudo que você investe, nela podemos contemplar tanto as ações como também fundos de investimentos e também outros instrumentos de investimentos, como por exemplo: Debentures, COE, Fundos de Renda Fixa, Poupança, Depósito a prazo e etc.”, explica Márcia Guerra, gerente de desenvolvimento de negócios da Sicredi Vale do Piquiri Abcd PR/SP.

O equilíbrio de uma carteira está, segundo Lucas Carvalho, da Toro Investimentos, na mescla de ativos financeiros de renda fixa ou renda variável. “Independente do cenário econômico, se mais otimista ou pessimista, a carteira tende a ter a sua performance mais equilibrada”, diz.

Mas como dividir entre as classes de ativos para equilibrar? É aí que entra o perfil de investidor. “É importante entender primeiro seu perfil de investidor e optar sempre por aplicações que estejam na contra mão das distorções de mercado, respeitando o horizonte de investimento”, indica Márcia.

Aos investidores mais conversadores, a esfera da renda fixa, ainda que à mingua dos juros, pode ser dividida em ativos prefixados, pós-fixados e ligados à inflação.

Retornos mais altos podem ser garantidos em títulos com vencimentos mais longos. É o tempo trabalhando a favor do seu dinheiro. “Um título prefixado de 5 ou 7 anos, mesmo se for do Tesouro, deve oferecer taxas muito superiores ao patamar atual da SELIC”, diz.

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 O risco, nesse caso, ficaria com uma eventual escalada de juros nos próximos anos.  “Ele ficaria “preso” a essa rentabilidade mais baixa contratada hoje”, diz.

Vida difícil em meio ao conservadorismo. Investidores mais arrojados têm um horizonte mais amplo, embora arriscado. Uma possível sugestão de alocação pode se dar da seguinte forma:

Conservador Moderado Arrojado

Renda fixa

Pós 50% 30% 20%
Inflação 15% 10% 5%
Prefixado 35% 20% 15%

Renda variável

Ações 0% 20% 35%
FII 0% 15% 20%
ETF 0% 5% 5%

Fonte: Lucas Carvalho, da Toro Investimentos

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Como montar uma carteira de ações?

A sugestão é que o investidor componha um portfólio com pelo menos de 5 a 10 empresas diferentes. Quanto mais diversas as empresas e os setores que se investe, melhor.

“Um exemplo é investir em empresas com receitas dolarizadas e outras com maior exposição ao mercado nacional. Com isso, os riscos de mercado são minimizados e diminui-se a chance de que uma única alocação comprometa a rentabilidade de toda a carteira”, diz Lucas.

Os investidores devem também realizar aportes recorrentes, em vez de se concentrarem em comprar todas as ações em uma única data. “Dessa forma, os investidores podem se beneficiar de preços médios melhores ao comprar ativos em datas diferentes”, diz Lucas.

Um especialista consegue garantir uma carteira de investimentos blindada?

“A palavra garantia é muito forte quando o assunto é blindagem de carteira. Os especialistas procuram mitigar os riscos inerentes aos produtos de investimento utilizando a ferramenta da diversificação. Existem opções no mercado que protegem o capital do investidor em caso de queda do índice, mas não há garantia de rentabilidade, limita-se ao valor aportado”, diz Márcia.

 

 

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