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A era da competência: o futuro do trabalho e da educação começa com a mentalidade inclusiva

Em um cenário cada vez mais instável e volátil, esse tipo de habilidade é essencial para liderar, colaborar e se adaptar com consciência e impacto.

Por Leonardo Brazão, em colaboração especial com a Você S/A*
28 set 2025, 08h00
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 (Morsa Images/Getty Images)
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Estamos vivendo a Era da Competência: uma época em que habilidades específicas se tornam o verdadeiro diferencial diante das transformações aceleradas do mercado e da sociedade. Este artigo abre uma série dedicada às competências que moldarão o futuro do trabalho e da educação.

E começamos com uma das mais urgentes e estratégicas: a mentalidade inclusiva. Em um cenário cada vez mais instável e volátil, essa habilidade não é apenas desejável, é essencial para liderar, colaborar e se adaptar com consciência e impacto.

Empresas e pessoas em busca de competências

Quando uma empresa decide inovar, costuma se guiar por três perguntas fundamentais: estamos preparados? Temos os recursos certos? Qual será o retorno? Essa lógica também serve para quem está redesenhando seu futuro educacional e profissional.

Assim como as organizações precisam de timing, conhecimento e planejamento, as pessoas também devem refletir: é o momento certo de investir em mim? Que tipo de aprendizado terá mais valor no mercado? Tenho clareza do caminho que quero trilhar?

Depois vem a análise de recursos: quais habilidades preciso desenvolver? Quanto tempo e energia estou disposto a dedicar? E, por fim, a pergunta que fecha o ciclo: qual será meu retorno? Seja financeiro, seja em desenvolvimento pessoal.

Essa jornada reflete o que Yuval Harari chama de competências essenciais do século XXI: pensamento crítico, comunicação, colaboração e criatividade. A diferença é que, enquanto empresas buscam retorno para seus acionistas, indivíduos buscam retorno para si mesmos. Mas o princípio continua o mesmo: as competências certas abrem as portas certas.

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Conflito geracional: propósito versus carreira

Esse novo cenário traz à tona um conflito geracional importante. Millennials, marcados pela crença na meritocracia e no trabalho duro, tendem a ver o trabalho como o caminho para a realização. Já a Geração Z, nativa digital, prioriza a qualidade de vida e o propósito, acima da tradicional “carreira linear”.

A Era da Competência exige não apenas habilidades técnicas, mas também uma nova postura das organizações e dos profissionais em relação ao desenvolvimento contínuo, bem-estar e construção de comunidades.

Uma pesquisa global do Top Employers Institute ilustra bem essa transformação: 83% dos jovens profissionais acreditam que é responsabilidade da empresa garantir o equilíbrio psicológico dos funcionários, enquanto 82% valorizam ter flexibilidade para gerenciar suas horas de trabalho. Além disso, 80% esperam que seus empregadores apoiem o bem-estar físico e 62% estariam dispostos a aceitar salários menores em troca de mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A ideia de trabalho também evoluiu: 78% veem o ambiente profissional como um espaço para criar comunidades, conexões sociais e sentimento de pertencimento. Por fim, 80% dos entrevistados acreditam que é responsabilidade das empresas investir na qualificação contínua de seus colaboradores.

Esses dados reforçam que, para prosperar nesta nova era, empresas e profissionais precisarão investir não só em tecnologias, mas também em relações humanas mais sólidas e em uma mentalidade de evolução constante.

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Além disso, a pluralidade de carreiras é a nova regra. Como apontam Lynda Gratton e Andrew Scott no livro The 100-Year Life, o profissional moderno terá de quatro a seis carreiras diferentes ao longo da vida. Para a Gen Z, é natural trabalhar para empresas simultaneamente, entregar projetos e se desenvolver em múltiplas frentes, um comportamento que redefine a ideia de “carreira” como conhecíamos.

Primeira competência: Mentalidade inclusiva

Nesse contexto, surge a competência mais relevante para o futuro: a mentalidade inclusiva. Não se trata de escolher entre lucro ou propósito, mas de integrar ambos. A mentalidade inclusiva valoriza a diversidade, enxerga potencial em diferentes perfis e transforma a inclusão em vantagem.

Marcas como Itaú já entenderam esse movimento, investindo em vagas afirmativas e iniciativas de diversidade. O Movimento pela Equidade Racial – Mover lançou a Mover Talentos, plataforma de empregos e capacitação profissional focada em profissionais pretos e pardos. Para aumentar a diversidade racial no meio corporativo ao conectar trabalhadores em busca de oportunidades.

Esse novo olhar sobre competências exige velocidade de aprendizado, adaptação a múltiplas realidades e abertura ao novo. As empresas que prosperarem serão aquelas capazes de equilibrar as ambições da nova geração com os resultados de negócio, criando ambientes de pertencimento, flexibilidade e desenvolvimento contínuo.

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A mentalidade inclusiva é o primeiro passo para transformar inovação em valor, diversidade em diferencial e propósito em resultado. Mais do que nunca, quem quiser construir o futuro precisa começar pelas pessoas, entendendo que o desenvolvimento individual e o crescimento coletivo andam lado a lado.

*Leonardo Brazão é cofundador da 1601 – Consultoria de Inovação, que atua junto a grandes empresas no desenvolvimento de negócios, estratégia, inovação e transformação cultural.

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