8 habilidades da infância que podem ser diferenciais na vida profissional
Atitudes espontâneas das crianças podem inspirar transformações no modo como nos relacionamos, aprendemos e inovamos no ambiente corporativo.
O Mês das Crianças está acabando, mas os aprendizados que surgem na infância podem durar uma vida. É nessa fase, por exemplo, que começamos a ser “moldados” para o mercado de trabalho. Enquanto determinados comportamentos são punidos, outros recebem incentivo por razões culturais e sociais.
Aprendemos a nos conformar com o que temos e somos desestimulados a explorar, cooperar e assumir riscos criativos. “Responder é mais valorizado do que perguntar, o que mina a curiosidade e a criatividade, por exemplo. A postura colaborativa é substituída pela competitiva”, explica a ex-executiva, coach e sócia-proprietária da Quantum Development, Bianca Aichinger.
Curiosamente, se por um lado crescemos aprendendo a caber em caixinhas, por outro, o mercado de trabalho contemporâneo valoriza justamente o que deixamos para trás: de acordo com o relatório “O Futuro dos Empregos”, do Fórum Econômico Mundial, o pensamento criativo, a originalidade, a iniciativa e a empatia estão entre as habilidades mais relevantes para o futuro. E quem convive com crianças sabe o quão naturalmente elas já expressam tudo isso.
Segundo Bianca, olhar atentamente para o comportamento das crianças é um caminho para resgatar habilidades essenciais que são perdidas na vida adulta. As atitudes espontâneas podem inspirar transformações no modo como nos relacionamos, aprendemos e inovamos no ambiente corporativo. Entre os traços que podem ser recuperados, ela destaca oito:
Curiosidade – A criança que questiona “por quê?” abre espaço para novas descobertas. No trabalho, essa habilidade estimula a inovação e evita zonas de conforto, incentivando equipes a buscar constantemente melhores soluções.
Empatia – Presente nas brincadeiras em grupo e no jeito de se colocar no lugar do outro, na vida profissional a empatia é peça-chave para a comunicação clara e a construção de ambientes de respeito e colaboração.
Senso de justiça – Crianças se indignam facilmente diante de situações injustas. Esse traço, no trabalho, contribui para criar culturas mais inclusivas, transparentes e éticas.
Confiança – Os pequenos confiam naturalmente em seus pares para brincar ou dividir tarefas. Nas empresas, esse comportamento se traduz na delegação eficiente e na formação de equipes mais coesas.
Ousadia – A coragem para tentar o novo e arriscar, tão comum na infância, é o que permite que profissionais proponham ideias diferentes e assumam desafios que podem gerar inovação.
Criatividade – A criança é expert na criação de soluções pouco usuais para problemas. No ambiente corporativo, ter um olhar criativo possibilita enxergar oportunidades em cenários desafiadores e novas formas de encarar adversidades.
Capacidade de adaptação – Ao mudar de escola, de turma ou de jogo, a criança aprende a se ajustar rapidamente. Essa habilidade é fundamental em mercados instáveis e de rápidas transformações.
Senso de colaboração – Nas brincadeiras, vencer junto é tão importante quanto se divertir. No trabalho, a característica fortalece a cooperação entre equipes e amplia resultados coletivos.
Essas competências, tão naturais na infância, podem ser diferenciais para profissionais que desejam crescer em ambientes cada vez mais dinâmicos e complexos. “Assim como incentivos e o ambiente nos moldam, podemos reaprender determinados comportamentos quando enxergamos seus valores, temos o mindset correto de crescimento, e a iniciativa e disciplina para partir para a ação. Com prática e consistência, as competências voltam a fazer parte da forma de pensar e agir”, reforça Bianca.
Resgatar essas qualidades também é uma necessidade estratégica para organizações que buscam se manter relevantes em um mercado em constante transformação. Estudos mostram que empresas que valorizam competências socioemocionais, como criatividade, colaboração e empatia, estão mais bem preparadas para enfrentar cenários de crise e inovação.
Isso porque profissionais que cultivam tais habilidades conseguem lidar melhor com a complexidade, criar soluções originais e fortalecer relações de confiança dentro das equipes. No fim, diz Bianca, o ganho é coletivo: profissionais mais engajados, equipes mais colaborativas e empresas mais inovadoras.
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