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Mariana Lopes

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Economista, ativista pela Educação, e gerente executiva do MovTech 2030, coalizão de organizações para apoiar pessoas e negócios por meio da tecnologia.

Fora de SP e RJ: como novos polos tech estão mudando o Brasil

Hub de conectividade em Fortaleza, incentivos a hardware em Manaus, startups em Campina Grande... A inovação tecnológica já se expande Brasil afora.

Por Mariana Lopes
31 ago 2025, 08h00
Um homem jovem adulto mexendo em botões diante de um robô. Eles estão jogando um jogo de tabuleiro. Há pessoas assistindo o jogo ao fundo.
 (REC'n'Play Festival / Porto Digital/Divulgação)
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Para muita gente, pensar em tecnologia, ou em construir uma carreira de sucesso nessa área, remete a lugares muito específicos no Brasil. A Avenida Paulista ou Faria Lima em São Paulo, coworkings da zona sul do Rio de Janeiro, eventos badalados que nunca saem desse mesmo eixo… Parece que há um clube exclusivo do qual poucas pessoas podem fazer parte. 

Contudo, felizmente, o cenário tem mudado. E rápido. Várias regiões do país estão redesenhando o mapa da inovação brasileira e abrindo espaço para cidades que antes pareciam invisíveis.

De Norte a Sul, cada vez mais polos tecnológicos ganham força. Teresina, Joinville, cidades do interior de Minas, Espírito Santo, Pará e Bahia são apenas alguns exemplos de regiões nas quais o mundo tech está ganhando destaque. Não estou falando só do surgimento de startups, ainda que isso também aconteça. Trata-se de um ecossistema completo, com redes de formação profissional, hubs regionais, investimento público e privado e, principalmente, pessoas qualificadas que decidiram construir sua trajetória exatamente onde estão.

Essa expansão regional faz sentido por muitas razões. Por exemplo, o avanço do trabalho remoto e a busca por uma vida mais equilibrada fizeram com que muitas pessoas escolhessem sair dos grandes centros sem perder boas oportunidades de emprego.

Talentos não precisam mais migrar

Mas o fator principal é que bons talentos sempre estiveram distribuídos no Brasil. Faltava, e até certo ponto ainda falta, acesso, visibilidade e investimento para que ótimos profissionais floresçam em toda parte. É só observar os dados do IBGE do primeiro trimestre deste ano: são 7,7 milhões de desempregados, e as maiores taxas estão no Nordeste (9,8%) e no Norte (8,2%). 

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Os novos ecossistemas de inovação abrem as portas para mentes afiadíssimas e muito dispostas a dar tudo de si, que só não despontaram antes na carreira por não viverem em SP ou no RJ.

Vale ressaltar também que o que está nascendo nesses polos não é uma cópia do que acontece nas capitais. Há uma adaptação às realidades locais, com soluções que respeitam o contexto e aproveitam recursos regionais. Além, claro, de uma variedade de soluções com potencial global.

O Norte e o Nordeste da inovação

Recife, por exemplo, investe na força do Porto Digital, um dos maiores parques tecnológicos do país que tem atraído talentos com forte base educacional. Manaus, além da Zona Franca, começa a se posicionar como polo de tecnologia industrial, com incentivos a hardware, IoT e inovação na floresta. Fortaleza, por sua localização estratégica, tornou-se um hub de conectividade e abriga importantes data centers e redes de telecomunicação. Salvador dá voz a novos negócios liderados por empreendedores negros, que vêm criando um ecossistema focado em impacto social e diversidade. No interior nordestino, cidades como Campina Grande e Juazeiro do Norte transformam tradição acadêmica em startups competitivas com foco local.

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Cada uma dessas regiões escolheu sua própria estratégia. Não tentam reproduzir modelos prontos, criam alternativas que fazem sentido para suas populações. E essa é uma transformação importante para qualquer profissional que trabalha com tecnologia hoje. 

É extremamente positivo que, hoje, quem está em uma cidade menor encontra mais portas abertas para se formar remotamente, integrar-se a comunidades digitais, prestar serviços para empresas internacionais ou fundar sua própria empresa sem precisar sair de onde está. E, para quem está em grandes centros, especialmente empregadores, o momento é de ampliar a visão. Há milhares de profissionais qualificados longe das capitais, bem como problemas diferentes que geram negócios relevantes muito além do Sudeste.

O Brasil da tecnologia é descentralizado, diverso e alinhado às diferentes realidades do país. É essa visão que poderá nos levar a um novo patamar no mercado mundial, e é precisamente a inovação que tem o poder de criar um movimento plural, espalhado por um país cheio de potencial ainda não explorado.

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