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Marco Marcelino

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CEO da Serinews Intelligence Service. Especialista em inteligência de dados voltada a estratégias de marketing e metodologias multiplataformas em comunicação.

Corte os adjetivos da sua comunicação

Informação relevante nas mensagens do mundo corporativo tem bastante dado, clareza e originalidade. Dizer que é o “maior”, o “pioneiro”... todo mundo diz. E é onde perde credibilidade.

Por Por Marco Marcelino
Atualizado em 18 Maio 2025, 23h36 - Publicado em 18 Maio 2025, 12h00
Mulher conversando com colegas de trabalho.
 (Morsa Images/Getty Images)
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Se eu pudesse, só se eu pudesse mesmo compartilhar o que penso sobre conteúdo, começaria com um pedido singelo: deixe os adjetivos em casa. Eles inflacionam frases como se fossem balões de festa coloridos, bem cheios, mas sempre à beira de estourar. O maior, o melhor, o primeiro… sério? 

Para quem, exatamente?

O conteúdo bom, bom de verdade mesmo, não precisa se apresentar como tal. Ele entra devagar, sem tocar a campainha e, quando você percebe, já abriu uma janela dentro da cabeça. Mas, para isso acontecer, é preciso primeiro se colocar no lugar de quem lê não só no sapato, mas no ritmo, no tédio, nas dúvidas, nas urgências. 

Escrever não é falar alto. É escutar antes.

Muita gente escreve para impressionar. E impressiona mesmo, mas só quem já estava convencido. O resto escapa entre linhas que não dizem nada. Porque conteúdo não é currículo. É caminho. E ninguém segue um caminho onde cada placa aponta para o próprio autor. 

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Vale usar a IA, mas com parcimônia

Pesquisar é essencial, mas virou quase um ato de rebeldia. Em tempos de ChatGPT + Ctrl+C, quem investiga, cruza dados, volta uma página antes da tendência, parece antiquado. Mas é aí que mora a originalidade, não em dizer o que nunca foi dito, mas em dizer o mesmo de um jeito que ninguém tinha pensado. Original é quem consegue fazer o outro pensar. “Por que eu nunca vi por esse ângulo?”.

E, sim, pode usar inteligência artificial. Mas não terceirize o que só você pode sentir. IA serve para lapidar, não para viver por você. O perigo não é a ferramenta. É a preguiça. Estamos começando a produzir um conteúdo pasteurizado, bonito na vitrine, mas sem gosto. Não emociona, não mobiliza, não fica.

O bom conteúdo é aquele que serve. Que informa, acolhe, cutuca, organiza ou provoca. Pode até ser simples, desde que seja útil. O valor dele não está em quem escreve, mas em quem transforma. E transformar exige presença. Presença exige intenção. E intenção… bem, essa não se copia nem se compra.

Porque, no fim, conteúdo não significa um ou outro. É um com o outro. E só assim vale a pena escrever. E ler.

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