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O que é a geração Alpha?

Eles têm contato com o mundo digital desde o nascimento – e serão a maior geração da história da humanidade em poucos anos.

Por Bruno Carbinatto
11 fev 2022, 06h33

É o nome dado para quem nasceu desde 2010, e ainda vai nascer até 2025. Eles sucedem a geração Z, que veio à luz entre 1997 e 2009, e são, em sua maior parte, filhos dos millennials (1981-1996). Em 2025, haverá cerca 2,5 bilhões deles no mundo, o que fará da alpha a maior geração da história da humanidade.

Costuma-se alardear que eles são os primeiros a nascer inteiramente na era digital. Faz sentido. Enquanto boa parte da geração Z não teve contato com smartphones nos primeiros anos da infância, os alphas passaram por sua lavagem cerebral, digamos assim, logo na saída do útero. Nos EUA, 90% das crianças com 1 ano têm contato com tablets e smartphones. E uma pesquisa de 2019 com 3 mil crianças ao redor do mundo detectou que a profissão mais desejada pelos pequenos ao crescer era a de YouTuber.

A naturalidade com que os alphas misturam o real e o digital indica que esse é um público mais propenso a aceitar o “metaverso” – o ambicioso objetivo de big techs como a Meta (ex-Facebook) de transformar a internet toda num grande ambiente virtual 3D; um universo feito de fótons (partículas de luz) capaz de substituir este no qual vivemos agora, feito de átomos mesmo.  

Sim, pode parecer estranho para a maioria preferir tomar um cafezinho com seu colega de trabalho numa sala virtual enquanto usa um óculos de realidade aumentada no quarto. Mas para as crianças, que já fazem esse tipo de coisa diariamente em jogos como o Roblox e o Fortnite, a ideia é bem mais natural. É nelas que Zuckerberg e os demais arquitetos do metaverso miram. 

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Além disso, os alphas também são mais propensos a crescer em configurações familiares menos tradicionais, com famílias inter-raciais, homoafetivas ou com mães e pais solos  – uma revolução de proporções históricas. 

A moda de dividir os seres humanos em safras, diga-se, pegou quando os milhões nascidos nos EUA na prosperidade do pós-guerra, entre 1946 e 1964, ganharam o rótulo de baby boomers. As outras denominações (geração X, Y, Z, alpha) foram vindo na sequência. Mas vale lembrar que isso não é ciência. Chega a ser cringe worthy dizer que alguém nascido em 1998 difere grande coisa de quem veio ao mundo em 1995. Mas a divisão tem sua utilidade na hora de analisar tendências da sociedade para o longo prazo. 

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(Arte/VOCÊ S/A)
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