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Diogo Arrais

Por Língua
É professor de língua portuguesa, consultor de empresas, fundador do Arrais Cursos e criador do Canal Mesma Língua no Youtube

Para que tipo de textos você abre as portas?

Professor Diogo Arrais usa reflexão do padre Fábio de Melo para falar sobre comunicação

Por Diogo Arrais, professor de português (@diogoarrais)
Atualizado em 9 dez 2020, 19h59 - Publicado em 25 ago 2020, 14h38
porta aberta
 (Jan-Tinneberg/Unsplash)
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Em sua última homilia, Padre Fábio de Melo fez um profundo questionamento:  “Para quem você abre portas?” A reflexão permitiu-me rever alguns importantes ensinamentos quanto ao uso da palavra.

Uma das maiores qualidades de um bom comunicador é saber escolher termos, sentenças, obras e influências. Para falar e escrever bem, é preciso cuidar daquilo que adentra olhos, ouvidos, cérebro.

Infelizmente, muitos profissionais “abrem portas” para textos ofensivos, palavras preconceituosas, frases mal-educadas e, por consequência, acabam desenvolvendo uma postura muito negativa e até mesmo hostil. Quem muito convida o ódio dificilmente verbalizará amor.

 O que parece óbvio está sendo raridade, principalmente em tempos (in)sensíveis pandêmicos: tornou-se péssimo hábito ler um trecho de um trecho viral e tirar determinada dedução.

Reflexão à parte, como aquilo que se permite adentrar anda influenciando a fala e a escrita no profissional brasileiro? Nas mídias sociais, por exemplo, o que mais se lê é a frase “saudade né minha filha” sem quaisquer pontuação ou critério semântico para o uso da expressão. Será mesmo “saudade” o que se anda sentindo nos últimos meses, com todo o direito ao bom humor?

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Há mais: entre os admiradores da atividade física, o uso monótono do verbo “morrer”, sem qualquer critério, será realmente sensível, diante de um cenário ainda tão difícil à nossa humanidade?

A “saúde” de nossas palavras (tão influenciadas por um fanatismo político) respeita os protocolos humanos? Que história é esta de sair agredindo classes profissionais, pessoas, sem o menor respeito? Sem o respeito, nenhuma regra gramatical existe. É viver em vão.

Hoje, revi a homilia do Padre Fábio, proferida no dia 23 de agosto de 2020, sobre o que “permitimos entrar” em nossas vidas. Se permitimos que o ódio e o negativismo nos invadam, a comunicação será apenas um retrato do que existe no lar do interlocutor, mais conhecido como mente.

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 Um grande abraço, até a próxima e inscreva-se no meu canal!

Diogo Arrais
(foto/Divulgação)

 

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