“Você tem filhos?”: 8 a cada 10 mulheres já ouviram essa pergunta em uma entrevista de emprego

Novo levantamento da Catho ainda mostra que 23% das mães já foram desligadas após a licença-maternidade. Confira.

Por Sofia Kercher
24 out 2024, 12h00
m
 (Tatyana Tomsickova/Thinkstock)
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86% das mulheres já foram questionadas pelo menos uma vez sobre filhos durante uma entrevista de emprego. É o que mostra um novo levantamento da plataforma de recrutamento Catho.

A pesquisa entrevistou 967 mulheres, sendo que 504 possuem filhos. A maioria reside em São Paulo, e possui cargos de assistente e analista. 

Além disso, 75% também já foram questionadas sobre com quem os filhos ficariam durante o expediente – e metade se tinham planos para ser mãe.

Os resultados evidenciam os desafios e a discriminação sofridos pelo público feminino no mercado de trabalho, especialmente para aquelas que são mães ou desejam trilhar o caminho da maternidade um dia. 

40% das entrevistadas com filhos afirmaram que perderam oportunidades de promoção e desenvolvimento de carreira por serem mães, enquanto 86% foram julgadas por isso dentro do ambiente de trabalho. Mais: 23% das mães já foram desligadas após a licença-maternidade.

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Por isso mesmo, Patricia Suzuki, diretora de Gente & Gestão da Catho, argumenta que questões relacionadas aos cuidados com a criança, exclusivamente para mães candidatas, “podem ser interpretadas como julgamento da condição de conciliação dos distintos papeis”. E geralmente são, mesmo.

“É um grande desafio conciliar os papeis profissional e a maternidade. Práticas de incentivo com orientações sobre o tema, políticas flexíveis e ações de apoio para as mães por parte das empresas promovem acolhimento, além de atração e retenção de talentos profissionais que se desenvolvem na carreira e no papel de mães”, afirma.

Além disso, 75% também já foram questionadas sobre com quem os filhos ficariam durante o expediente – e metade se tinham planos para ser mãe.

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Ela enaltece culturas organizacionais que se atentam à importância de uma rede de apoio, com inclusão, apoio psicológico, valorização e oportunidades iguais contribui para a satisfação e retenção dessas profissionais. “É uma reformulação que beneficia a mãe, a empresa e a sociedade em geral”, conclui Patrícia.

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