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As doações das empresas na pandemia e outras notas

Confira as principais notas sobre o que está acontecendo no mercado de trabalho durante a crise do coronavírus

Por da Redação
Atualizado em 10 jun 2020, 12h00 - Publicado em 10 jun 2020, 12h00
Funcionária da Lunelli faz máscaras para doação |  (Grupo Lunelli/Divulgação)
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Matéria originalmente publicada na Revista VOCÊ S/A, edição 263, em 08 de abril de 2020. 

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Junto com o avanço do coronavírus, cresceu o número de companhias que estão fazendo doações, seja para ajudar em pesquisas científicas sobre a pandemia, seja para apoiar os trabalhadores que não podem praticar o isolamento social. É o caso da empresa têxtil Grupo Lunelli, que produziu e doou 30.000 máscaras de tecido a profissionais de saúde, imprensa e bombeiros, além de adquirir respiradores para o Hospital São José, em Jaraguá do Sul (SC).

“Criamos um comitê de crise para discutir as ações e surgiu a ideia de produzir máscaras, pois esse material estava escasso no mercado”, afirma Dênis ­Lunelli, diretor presidente da organização. A companhia, que emprega 4.800 pessoas, também repassou 800 máscaras e 20 litros de álcool em gel para a cidade paraguaia de Minga Guazú, onde possui uma fábrica. Além da Lunelli, outras empresas se juntaram à rede de solidariedade:

  • McDonald’s: doou refeições aos profissionais de saúde de 29 instituições distribuídas por todo o país.
  • Petrobras: direcionou parte da capacidade de processamento de seus supercomputadores para colaborar com pesquisas da Universidade ­Stanford, nos Estados Unidos, sobre a evolução e o comportamento da covid-19.
  • Ypê: produziu álcool em gel gratuitamente para unidades de saúde e distribuiu sabão em barra para comunidades carentes.
  • Ambev, Gerdau e Hospital Albert Einstein: os três se uniram à Prefeitura de São Paulo para construir um centro de tratamento voltado para o coronavírus e ligado ao SUS.
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Projeto do centro de tratamento idealizado por Ambev, Gerdau e Hospital Albert Einstein | Foto: Divulgação ()

RECRUTAMENTO

Por mais que exista uma tensão em relação ao futuro da economia brasileira pós-coronavírus, alguns setores, como o de tecnologia e o de e-commerce, continuam firmes. A VTEX, empresa de comércio eletrônico, optou por tocar seus processos seletivos mesmo na quarentena. “Temos demanda contínua e um mercado muito competitivo. Como o negócio permite o trabalho remoto, decidimos manter nosso calendário de recrutamento”, afirma Flavia Vergilli, diretora executiva global de pessoas e infraestrutura da companhia.

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Com mais de 50 vagas abertas, a empresa adaptou o processo presencial para o online com o objetivo de proteger os candidatos e os mais de 500 funcionários. “A entrevista presencial é sempre melhor, mas nesta situação dá para aproveitar o digital na hora de contratar. Nós tínhamos eventos marcados em faculdades e os adaptamos para webinars”, diz Flavia. Os contratados passam por um onboarding remoto. Para isso, a VTEX manda para a casa do novo empregado o kit de boas-vindas e o notebook, além de colocar um colega como parceiro para auxiliar na adaptação. Há ainda teleconferências diárias com o CEO. Também existe um auxílio de 100 dólares caso a pessoa precise comprar cadeira e mesa para o home office.

MERCADO

A pandemia da Covid-19 obrigou muitos setores a fechar as portas. Por isso, a crise está afetando diretamente os profissionais autônomos. Um relatório divulgado pela plataforma de serviços ­GetNinjas revela que as contratações desse tipo de trabalhador no Brasil caíram em média 24%. O segmento de eventos é o que mais está sofrendo.

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INTEGRAÇÃO

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Para manter o time engajado à distância, a Magnetis, gestora de investimentos, organizou uma happy hour remota. “Nós já tínhamos uma ação que sorteia dois ou três empregados para tomar um café ou almoçar juntos com o objetivo de interagir. resolvemos adaptá-la neste momento de home office”, afirma Felipe Silveira, responsável pela área de Atração de Talentos da companhia.

Agora, na quarentena, toda sexta-feira a empresa usa um aplicativo que sorteia oito pessoas para se encontrar por videochamada. “A CEO topou a ideia na hora, e a gente deu algumas sugestões de atividades, como tomar uma cerveja ou jogar”, explica Felipe. Além disso, a fintech adiantou o pagamento de benefícios de alimentação dos funcionários e criou um canal para eles compartilharem dicas de bem-estar e produtividade.

REMUNERAÇÃO

Durante o período de pandemia, os profissionais da área de saúde estão sendo muito demandados. No entanto, apesar de todo o trabalho, um levantamento da plataforma Quero Bolsa, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelou que as contratações de enfermeiros, biólogos, biomédicos, biotecnologistas, químicos e farmacêuticos tiveram queda salarial ou aumento menor que a inflação em 2019, que foi de 4,3%. Somente os cargos de médico clínico e médico infectologista tiveram um ganho real no período. Confira:

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