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Luciana Camargo

Vice-presidente de Recursos Humanos, Liderança, Desenvolvimento e Inclusão da IBM Consulting
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Saiba como transformar dados em engajamento de equipe

O people analytics na gestão de pessoas ajuda o RH a construir times mais abertos para novos caminhos

Por Juliana Américo
26 dez 2019, 10h21

No artigo anterior, fiz uma introdução sobre a transformação que o uso do que se chama people analytics na gestão de pessoas, no mundo contemporâneo. Ou seja, de como a análise de quantidades gigantescas de dados gerados pelos indivíduos e grupos podem ser preditivas de comportamentos e, dessa forma, orientar a melhor ação do RH, mais humana, eficaz, transformadora.

Tenho vivido isso na IBM ao longo dos últimos anos e posso compartilhar com vocês ao menos quatro grandes lições que aprendi nesse campo:

  1. Antes de mais nada, entenda o problema. Sem saber o que estamos buscando, qualquer esforço de análise é irrelevante. Quantas vezes nos frustramos ao trabalhar muito e chegar a uma conclusão equivocada ou à conclusão nenhuma? Precisamos desenvolver hipóteses e estruturar as análises requeridas para essa questão. 
  2. Pense nos dados que nos levarão à resposta. Deixe de lado (ao menos inicialmente) tudo que não faz parte do fundamental para entender a questão. A acuracidade do dado é fundamental, assim como a interpretação das estatísticas. 
  3. Pensamento crítico se transforma em sinônimo de interpretação de dados. Muitas vezes, a análise de dados em si não trará subsídios para a decisão da empresa, mas um insight que só será claro com uma boa interpretação das informações levantadas.
  4. Por fim, mais um ponto fundamental, muitas vezes esquecido: como comunicar o que buscamos e o que encontramos a partir das análises. Problemas novos ou antigos requerem uma forma mais efetiva de se comunicar.

Storytelling é uma abordagem efetiva para isso. Saber comunicar é um diferencial e uma habilidade crítica no mundo de hoje e do futuro.

São quatro aprendizados importantes, mas há tantos! Todos os dias trazem novos aprendizados. Pouco a pouco, quase sem perceber, vamos mudando nossos hábitos, passamos a ter novos comportamentos, e almejar novas experiências. 

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Há pouco tempo me perguntaram: por que focar tanto na missão de RH nas empresas, quando a missão de transformação é de todos. É verdade, a missão está em todos e em todas as funções da empresa.

Se um CFO não acompanha as novas demandas de mercado, certamente não será capaz de ajudar na criação de novos modelos de negócios. Se os CIOs não mudam, certamente não conseguiremos entrar na jornada agile, adotando novas ferramentas de colaboração, metodologias como design thinking, scrum, entre outras.

Se CMOs não incluírem soluções digitais ao planejamento da empresa, certamente não conseguirão aprimorar a experiência do cliente. Mas os CHROs têm, na minha visão, a essencial missão de ajudar líderes e pessoas a repensar seus próprios comportamentos e a ressignificar seus papéis, inspirando as pessoas a buscar seu máximo potencial. 

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Resumindo, todos somos importantes e a mudança está em cada um de nós. Vivemos um mundo de possibilidades e descobertas, que podem nos levar a melhores experiências em nossas vidas e a um conhecimento mais profundo sobre nós mesmos.

Eu realmente ficaria feliz em conseguir inspirar profissionais de recursos humanos a abraçar o mundo dos dados e conseguir, com isso, construir times mais engajados e abertos para novos caminhos.

Esse novo mundo veio pra ficar e não voltará atrás. É melhor encarar os novos desafios com transparência e ética, e buscar o melhor do que ele tem a nos oferecer.

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(Divulgação/VOCÊ S/A)
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