Gabriela Teixeira

Brasil oferece os maiores salários de tecnologia na América Latina 

CARREIRA

Um levantamento da Deel, empresa global de recursos humanos, coloca o Brasil no topo do ranking de maiores remunerações do setor de tecnologia latino-americano.

O estudo, que avaliou mais de 1 milhão de contratos em mais de 150 países, também indica que o país ocupa o 11º lugar na classificação global da área.

Segundo a pesquisa, a remuneração média anual de engenheiros e cientistas de dados brasileiros não sofreu grandes flutuações ao longo do último ano e está atualmente na casa dos US$ 67 mil, o que equivale a quase R$ 355 mil por ano ou R$ 29,5 mil mensais.

Já em outros países da América Latina, o salário anual não ultrapassa a marca de US$ 50 mil: US$ 48 mil (ou R$ 254 mil) no México, US$ 42 mil (ou R$ 222 mil) na Argentina e US$ 37 mil (ou R$ 196 mil) na Colômbia.

O relatório sinaliza que a implementação prática de tecnologias de inteligência artificial tem provocado a criação de funções especializadas em IA e com remunerações mais elevadas. Mesmo novas startups, diz a Deel, estão oferecendo salários altos para atrair melhores talentos.

O estudo também examinou as tendências globais de remuneração nas áreas de Produto e Design e de Vendas e Marketing. Em ambos, o rendimento é inferior ao observado no setor de tecnologia.

Enquanto em Produto e Design o salário médio anual chega a US$ 36 mil (ou cerca de R$ 190 mil), para Vendas e Marketing o pagamento é de apenas US$ 17 mil (o equivalente a R$ 90 mil).

Ainda de acordo com o relatório, no Brasil a contratação de profissionais freelancers é predominante em todas as áreas analisadas, sobretudo no setor de Engenharia e Dados, onde 84% dos profissionais são contratações independentes.

Já em Produto e Design e Vendas e Marketing, os freelas representam 79% e 55% dos contratados, respectivamente.

A Deel também chama atenção para o cenário global de desigualdade salarial entre gêneros, motivada principalmente pela menor presença feminina em cargos de liderança.

A disparidade entre as remunerações é maior na área de tecnologia, onde as mulheres ganham US$ 26 mil (ou cerca R$ 138 mil) a menos que os homens.

Em seguida, estão as áreas de produto, com uma diferença de US$ 14 mil (R$ 74 mil), e a de vendas, com US$ 5 mil (R$ 26 mil) de diferença.